domingo, 29 de junho de 2014

Fazendo do limão, uma limonada...










Caras leitoras, vocês já devem ter ouvido aquela expressão popular alusiva a algo negativo que se transforma em algo bom, a saber: “... fazer do limão uma limonada”. 

Pois bem, quero compartilhar com vocês a história de uma pessoa admirável que conheci recentemente e que me fez lembrar essa expressão. 

Estava com muita dor nas costas e procurando alguém para me aplicar uma massagem. Não conhecia ninguém na cidade, mas lembrava-me de ter visto um pequeno SPA no subsolo de um grande supermercado na cidade onde estava.

Dirigi-me até lá e perguntei se alguém poderia me fazer uma massagem express. Imediatamente, uma pessoa uniformizada e muito simpática foi me atender e quis ouvir no detalhe onde, exatamente, eu estava sentindo dor para escolher o tipo de técnica usar. 

Deitei numa maca, onde havia uma rosa vermelha e toalhas limpas me aguardando, bem como uma musica suave preparando o modesto ambiente. Iniciou-se, então, a massagem Shiatsu. Primeiro nas minhas costas, com bastante pressão, por um bom tempo, até eu me sentir aliviada. A seguir, pelo corpo todo e rosto, até concluir o tempo estipulado de 45 minutos, aproximadamente.

Amo massagem! Nem preciso falar o quanto me senti aliviada após aquela sessão de massagem, feita por uma pessoa extremamente competente.

Eu ja havia gasto alguns carnês de massagem naquela cidade, sem obter muita satisfação com o serviço recebido, pois, as massagens, mais pareciam sessões de hidratação corporal do que outra coisa.

Portanto, ao receber uma super massagem profissional, naquele pequeno Spa, me deixou curiosa para conhecer a formação da pessoa que me atendeu de forma tão profissional. Logo, lhe perguntei há quanto tempo estava no ramo de massagem e qual havia sido sua formação profissional.

Fiquei surpresa ao saber que essa pessoa estava há menos de dez anos nessa atividade, pois, anteriormente, sua carreira de origem era como fotógrafo na Folha de São Paulo.

Essa pessoa nunca havia recebido nenhuma massagem, muito menos feito massagem em alguém. Tinha uma vida completamente diferente daquela de terapeuta corporal, até pouco tempo atrás.

Foi ouvindo o relato sobre sua inserção na massagem que a expressão popular de “se fazer de um limão, uma limonada” me veio a mente: essa pessoa, na faixa dos seus vinte e poucos anos, quando estava trabalhando como fotógrafo jornalístico, teve descolamento da retina nos dois olhos e foi obrigada a parar de trabalhar. Disse-me que passou por várias cirurgias, num longo espaço de tempo e sofrimento. Foram mais de sete cirurgias delicadas. Isso a deixou bastante depressiva e seu médico oftalmologista, de origem oriental, percebendo o sofrimento daquela criatura, sugeriu que aceitasse receber uma massagem indiana, feita por uma terapeuta experiente, assegurando-lhe que se sentiria melhor. Pois bem, já na primeira sessão de massagem, essa pessoa percebeu que havia nascido para aquilo. Teve um desejo tremendo de aprender as técnicas de massagem e sentiu-se plena como ser humano. 

O tempo passou, as cirurgias foram exitosas, e sua visão foi voltando aos poucos. Nesse tempo de tratamento, continuou recebendo massagem e fazendo cursos de diversos estilos de massagem e tratamentos corporais, tanto de origem indiana quanto chinesa.

Hoje, precisa usar óculos, mas nada que dificulte sua atividade como massagista. Além disso, possui uma alimentação saudável que lhe permite manter o mesmo peso há mais de dez anos. Continua fazendo cursos de aperfeiçoamento e ministrando cursos de terapia corporal, além de supervisionar três pequenos SPAS na cidade.

Quando lhe perguntei se tinha desejo de voltar a atuar como fotógrafo jornalístico, essa pessoa não hesitou em responder que não. Salientou que, embora seu orçamento financeiro tenha sido reduzido, após a enfermidade e a mudança de profissão, sente-se uma pessoa extremamente feliz e realizada na profissão de massagista/terapeuta corporal e não tem a menor dúvida de que “nasceu pra isso”. 

Deus escreve certo por linhas certas. Essa história é mais um exemplo de que a adversidade momentânea pode ser nosso passaporte para uma nova fase nessa jornada. A forma como reagimos aos obstáculos do caminho é que faz toda diferença.

Além de encontrar um bom profissional naquela tarde, conheci uma história de vida inspiradora e que muito me estimulou.

Devemos estar sempre abertas ao novo de Deus, cada dia mais,  plenas e felizes.

Adversidades e lutas virão, mas, tudo contribui para o nosso bem. Eu creio!

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