Caras leitoras, vocês já devem
ter ouvido aquela expressão popular alusiva a algo negativo que se transforma
em algo bom, a saber: “... fazer do limão
uma limonada”.
Pois bem, quero compartilhar
com vocês a história de uma pessoa admirável que conheci recentemente e que me
fez lembrar essa expressão.
Estava com muita dor nas
costas e procurando alguém para me aplicar uma massagem. Não conhecia ninguém
na cidade, mas lembrava-me de ter visto um pequeno SPA no subsolo de um grande
supermercado na cidade onde estava.
Dirigi-me até lá e perguntei
se alguém poderia me fazer uma massagem
express. Imediatamente, uma pessoa uniformizada e muito simpática foi me
atender e quis ouvir no detalhe onde, exatamente, eu estava sentindo dor para
escolher o tipo de técnica usar.
Deitei numa maca, onde havia
uma rosa vermelha e toalhas limpas me aguardando, bem como uma musica suave
preparando o modesto ambiente. Iniciou-se, então, a massagem Shiatsu. Primeiro nas
minhas costas, com bastante pressão, por um bom tempo, até eu me sentir
aliviada. A seguir, pelo corpo todo e rosto, até concluir o tempo estipulado de
45 minutos, aproximadamente.
Amo massagem! Nem preciso
falar o quanto me senti aliviada após aquela sessão de massagem, feita por uma
pessoa extremamente competente.
Eu ja havia gasto alguns
carnês de massagem naquela cidade, sem obter muita satisfação com o serviço
recebido, pois, as massagens, mais pareciam sessões de hidratação corporal do
que outra coisa.
Portanto, ao receber uma
super massagem profissional, naquele pequeno Spa, me deixou curiosa para conhecer
a formação da pessoa que me atendeu de forma tão profissional. Logo, lhe perguntei
há quanto tempo estava no ramo de massagem e qual havia sido sua formação
profissional.
Fiquei surpresa ao saber que
essa pessoa estava há menos de dez anos nessa atividade, pois, anteriormente, sua
carreira de origem era como fotógrafo na Folha de São Paulo.
Essa pessoa nunca havia
recebido nenhuma massagem, muito menos feito massagem em alguém. Tinha uma vida
completamente diferente daquela de terapeuta corporal, até pouco tempo atrás.
Foi ouvindo o relato sobre
sua inserção na massagem que a expressão popular de “se fazer de um limão, uma limonada” me veio a mente: essa pessoa,
na faixa dos seus vinte e poucos anos, quando estava trabalhando como fotógrafo
jornalístico, teve descolamento da retina nos dois olhos e foi obrigada a parar
de trabalhar. Disse-me que passou por várias cirurgias, num longo espaço de
tempo e sofrimento. Foram mais de sete cirurgias delicadas. Isso a deixou
bastante depressiva e seu médico oftalmologista, de origem oriental, percebendo
o sofrimento daquela criatura, sugeriu que aceitasse receber uma massagem
indiana, feita por uma terapeuta experiente, assegurando-lhe que se sentiria
melhor. Pois bem, já na primeira sessão de massagem, essa pessoa percebeu que
havia nascido para aquilo. Teve um desejo tremendo de aprender as técnicas de
massagem e sentiu-se plena como ser humano.
O tempo passou, as cirurgias
foram exitosas, e sua visão foi voltando aos poucos. Nesse tempo de tratamento,
continuou recebendo massagem e fazendo cursos de diversos estilos de massagem e
tratamentos corporais, tanto de origem indiana quanto chinesa.
Hoje, precisa usar óculos,
mas nada que dificulte sua atividade como massagista. Além disso, possui uma
alimentação saudável que lhe permite manter o mesmo peso há mais de dez anos. Continua
fazendo cursos de aperfeiçoamento e ministrando cursos de terapia corporal, além de supervisionar três pequenos SPAS na cidade.
Quando lhe perguntei se
tinha desejo de voltar a atuar como fotógrafo jornalístico, essa pessoa não
hesitou em responder que não. Salientou que, embora seu orçamento financeiro
tenha sido reduzido, após a enfermidade e a mudança de profissão, sente-se
uma pessoa extremamente feliz e realizada na profissão de massagista/terapeuta
corporal e não tem a menor dúvida de que “nasceu pra isso”.
Deus escreve certo por
linhas certas. Essa história é mais um exemplo de que a adversidade momentânea
pode ser nosso passaporte para uma nova fase nessa jornada. A forma como reagimos
aos obstáculos do caminho é que faz toda diferença.
Além de encontrar um bom
profissional naquela tarde, conheci uma história de vida inspiradora e que
muito me estimulou.
Devemos estar sempre abertas
ao novo de Deus, cada dia mais, plenas e
felizes.
Adversidades e lutas virão,
mas, tudo contribui para o nosso bem. Eu creio!
Nenhum comentário:
Postar um comentário