quinta-feira, 13 de março de 2014

Tango (Parte I)












Caras leitoras, sou filha de um gaúcho que amava ouvir um bom  tango. Nasci ouvindo composições de Arturo de Nava, Astor Piazzolla e Carlos Gardel dos inúmeros discos de vinil do meu pai que, algumas vezes, tentava me ensinar alguns passos de tango descontraidamente, mas, o máximo que eu aprendi foi encostar o rosto no dele e dar alguns passos na sala. Não levo muito jeito para danças.

Talvez pela paixão paterna por esse estilo musical e essa dança extremamente sensual, herdei uma admiração tremenda pelo tango e, embora não tenha aprendido a dançar corretamente, me emociono toda vez que assisto a um Show de Tango.

Esse ano, fugindo do Carnaval, optamos  por  ouvir e apreciar um bom tango no berço argentino desse estilo musical. Nem preciso dizer como me senti emocionada e pude recordar com carinho as lembranças de minha infância ao lado do meu pai  boêmio.

Portanto, no Post de hoje, apresento  um pouco da história do tango, retirada do site Portal SF:

Origem do Tango

O Tango nasceu nos fins do século XIX derivado das misturas entre as formas musicais dos imigrantes italianos e espanhóis, dos crioulos descendentes dos conquistadores espanhóis que já habitavam os pampas e de um tipo de batuque dos negros chamado "Candombe". Há indícios de influência da "Habanera" cubana e do "Tango Andaluz". O Tango nasceu como expressão folclórica das populações pobres, oriundas de todas aquelas origens, que se misturavam nos subúrbios da crescente Buenos Aires.
Numa fase inicial era puramente dançante. O povo se encarregava de improvisar letras picantes  e bem humoradas para as musicas mais conhecidas, mas não eram, por assim dizer, letras oficiais, feitas especificamente para as músicas nem associadas definitivamente a elas.
Em público, dançavam homens com homens. Naqueles tempos era considerada obscena a dança entre homens e mulheres abraçados, sendo este um dos aspectos do tango que o manteve circunscrito aos bordéis, onde os homens utilizavam os passos que praticavam e criavam entre si nas horas de lazer mais familiar. Mais tarde, o tango se tornou uma dança tipicamente praticada nos bordéis, principalmente depois que a industrialização transformou as áreas dos subúrbios em fábricas transferindo a miséria e os bordéis para o centro da cidade. Nessa fase haviam letras com temática voltada para esses ambientes.
Por volta de 1910 o Tango foi levado para Paris. Existem várias versões de como isso aconteceu. A sociedade parisiense da época em que as artes viviam o modernismo ansiava por novidades e exotismos. O tango virou uma febre em Paris e, como Paris era o carro chefe cultural de todo o mundo civilizado, logo o tango se espalhou pelo resto do mundo. A parcela moralista da sociedade condenava  o tango, assim como já havia se colocado contra a valsa antes, por a considerarem uma dança imoral. A própria alta sociedade na Argentina desprezava o tango, que só passou a ser aceito nos salões de alta classe pela influência indireta de Paris.
Em 1917 começaram a surgir variantes formais do tango. Uma delas, influenciada pelo romantismo francês, deu origem ao chamado Tango-canção: tangos feitos para musicar uma letra. Desde então, a letra passa a ser parte essencial do tango e consequentemente, surgem os cantores de tango. O tango já não é feito exclusivamente para dançar. Foi considerado o primeiro - ou pelo menos mais marcante nessa transição - Tango-canção o "Mi Noche Triste" com uma letra que Pascoal Contursi compôs, em 1917, sobre uma música mais antiga chamada "Lita".
Nos cabarés de luxo da década de 1920, o tango sofreu importantes modificações. Os executantes não eram mais os pequenos grupos que atuavam nos bordéis, mas músicos profissionais que trouxeram o uso do piano e mais qualidade técnica e melódica.
Carlos Gardel já era um estrondoso sucesso em 1928. Sucesso que durou até 1935, quando faleceu vítima de um acidente de avião quando estava em pleno auge. Gardel cantava o tango em Paris, Nova York e muitas outras capitais do mundo, sempre atraindo multidões, principalmente quando se apresentava na América Latina. Eram multidões dignas de Elvis Presley e Beatles. Também foi responsável pela popularização do tango estrelando filmes musicais de tango produzidos em Hollywood.
A década de 1940 é considerada uma das mais felizes e produtivas do tango. Os profissionais que haviam começado nas orquestras dos cabarés de luxo da década de 1920 estavam no auge de seu potencial. Nessa época as letras do tango passaram a ser mais líricas e sentimentais. A antiga temática dos bordéis e cabarés, de violência e obscenidades, era uma mera reminiscência. A fórmula ultra-romântica passa a caracterizar as letras: a chuva, a garoa, o céu, a tristeza do grande amor perdido. Muitos letristas eram poetas de renome e com sólida formação cultural.
A década de 1950 conta com a atuação revolucionária de Astor Piazzolla. Piazzolla rompe com o tradicional trazendo para complementar os recursos clássicos do tango influências de Bach e Stravinsky , por um lado, e por outro lado, do Cool Jazz.
Nessa época o tango passa a ser executado com alto grau de profissionalismo musical, mas no universo popular a década de 1950 vê a invasão do Rock'Roll americano e as danças de salão passam a ser prática apenas de grupos de amantes. Na década de 1960, uma lei de proteção á música nacional argentina já está revogada, e o tango que era ouvido diariamente nas rádios vai sendo substituídos por outros ritmos estrangeiros, enquanto as gravadoras já não se interessam mais pelo tango. A juventude não só pra de praticar o tango no lazer cotidiano como passa a ridicularizá-lo como coisa fora de moda. Com o desinteresse comercial das gravadoras, poucos grandes tangos foram compostos. Tem sido mais comum, as releituras de antigos sucessos e reinterpretações modernizadas dos maiores sucessos dos primeiros tempos.
Hoje a crítica argentina detecta um retorno do tango, cada vez mais frequente em peças teatrais e cinematográficas.


Dica de Leitura











Título: O Homem que confundiu sua mulher com um chapéu

Autor: Oliver Sacks

Ano: 1997

Editora: Cia das Letras

Número de Páginas: 272

Receita da Semana







Receita de Massa Integral para  Pizza
(Receita retirada do site Receitas Vegans)

Ingredientes:

  • Um tablete de fermento para pão ou 1/2 colher de sopa de fermento biológico em pó
  • Meia xícara de água morna
  • Uma xícara de farinha de trigo integral
  • Uma xícara de farinha de trigo branca
  • Uma colher (sopa) de óleo
  • Uma colher (sopa) de açúcar
  • Uma colher (chá) de sal


Modo de Fazer:

Coloque em uma tigela o fermento. Acrescente a água morna, dissolva bem o fermento. 
Acrescente o açúcar e uma xícara de farinha de trigo branca.  Mexa bem e deixe descansar por 5 minutos.

Acrescente a farinha de trigo integral, o óleo, o sal e amasse bem.

Quando sovar bastante e  a mistura estiver homogênea, faça uma bola com a massa, cubra a tigela com um pano, e deixe descansar até que a massa dobre de tamanho.

Aqueça o forno a 250°C.

Abra a massa com um rolo de madeira em uma superfície lisa.

Distribua a massa em uma forma de pizza untada  e deixe descansar por mais dez minutos.

Faça furos com um garfo na massa e leve ao forno por aproximadamente 7 minutos ou até a massa começar a dourar.

Retire do forno e cubra a massa com o molho de tomate e um recheio de sua preferência.

Leve ao forno por cinco  minutos em forno alto e sirva a seguir.

Versículo da Semana












"Na fome te livrará da morte e, na guerra, da violência da espada..."

(Jó 5:20)