domingo, 7 de setembro de 2014

Ora-pro-nóbis: a carne verde.








Caras leitoras, ao visitar uma Feira de Orgânicos procurando uma couve-manteiga para fazer meu Suco Verde, fui apresentada a uma nova hortaliça que passou a fazer parte da minha alimentação: o Ora-pro-nóbis.

Comentando com as feirantes sobre minha baixa de ferro e minha necessidade de suplementação alimentar, fui mais que depressa incentivada a levar um saquinho dessa preciosidade pouco conhecida dos brasileiros. Paguei três reais por um maço fresquinho e orgânico de folhas do Ora-pro-nóbis.

Não sei se vocês já a conhecem, mas, no meu caso, foi uma surpresa conhecer e aprender sobre o valor nutricional desse alimento que brota com tanta facilidade no solo brasileiro.

Em Minas Gerais ela parece ser bem conhecida, mas, em Brasília e em outras capitais, nem tanto. Alguns naturalistas a consideram como “a carne dos vegetarianos” dado o seu valor proteico e nutritivo. Seu sabor é leve e agradável ao paladar.

Além de incluir esse vegetal nas minhas receitas semanais, resolvi ler um pouco mais sobre ela e compartilhar com vocês no Post dessa semana o resumo retirado da Wikipédia sobre o Ora-pro-nóbis:


Ora-pro-nóbis (Pereskia Aculeata), do latim "rogai por nós", é uma cactácea, um cacto trepadeira com folhas. Tem espinhos e pode ser usada em cercas-vivas, se desenvolvendo bem tanto à sombra como ao sol.
Originária do continente americano, encontram-se variedades nativas dessa hortaliça perene, rústica e resistente à seca da Flórida, nos Estados Unidos, à região sudeste do Brasil.
Segundo tradições populares, o nome teria sido criado por pessoas que colhiam a planta no quintal de um padre, enquanto ele rezava em latim: Ora pro nóbis. Sendo conhecido também como Lobrobô ou Lobrobó.
O nome científico é uma homenagem ao cientista francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc, e o termo aculeata vem do latim e significa espinho, agulha.
Acredita-se que o cultivo em larga escala do Ora-pro-nóbis poderia representar uma revolução nos recursos alimentícios da humanidade, devido a seu fácil cultivo, grande produção e alto valor nutricional.
Gastronomia: é um vegetal rico em ferro, ajuda a curar anemias das mais graves. Usa-se as folhas frescas ou secas e moídas na forma de pó. Também usada no preparo da farinha múltipla, complemento nutricional no combate à fome.
Suas folhas são ricas em mucilagem, que contribui para o bom funcionamento do intestino.
As folhas e flores são usadas em diferentes receitas, especialmente em sopas, omeletes, tortas e refogados. Muita gente prefere consumir as folhas cruas em saladas, acompanhando o prato principal. Outros as usam como mistura para enriquecer farinha, massas e pães em geral. É servido cotidianamente nas cidades históricas do estado de Minas Gerais, onde a planta é mais popular.
Ainda há o emprego para a produção de mel e possui 25,4% de proteínas (das folhas secas), sendo por isso conhecido como "carne dos pobres", vitaminas A, B e C bem como, além do ferro, minerais como cálcio e fósforo.
Encontrado em diversos estados do Brasil, em algumas localidades atingiu o status de ingrediente culinário, onde é refogado com vários tipos de carnes e é empregado em ensopados.
Na cidade de Sabará, existe o Festival do Ora-pro-nóbis, onde é comum utilizar a cactácea para pratos culinários. Em Sabará também teria surgido a lenda de que o nome Ora-pro-nóbis é uma referência a uma lenda que em uma época em que pessoas colhiam a planta no quintal da casa de um pároco, ele sempre rezava uma ladainha.
Em Tiradentes, outra cidade brasileira de Minas Gerais, também há restaurantes que utilizam a Ora-pro-nóbis, sendo apreciado o frango com Ora-pro-nóbis.
Cultivo: a variedade tem flores brancas, quando é mais adequada para consumo e suas folhas podem ser ingeridas refogadas ou mesmo cruas, as flores também são comestíveis. A variedade comestível tem miolo alaranjado e folhas pequenas e suculentas.
A Ora-pro-nóbis é propagada por meio de estacas plantadas em solo fértil enriquecido matéria orgânica e, depois de enraizadas, são transplantadas para o local definitivo.
Serve também para alimentação animal, in natura ou na ração, barateando os custos da produção.
O Ora-pro-nóbis não pode ser confundido com a Grandiflora ou a Bleo que têm flores rosa (muito comuns no Brasil, e difíceis de serem diferenciadas sem a florada).

Dica de Leitura








Título: Le Cordon Bleu - Todas as Técnicas Culinárias

Autor: Jeni Wright

Ano: 2000

Editora: Marco Zero

Número de Páginas: 351

Receita da Semana














Frango com Ora-Pro-Nóbis
(Receita de Marisa Plácido)

Ingredientes:

  • Dois quilos e meio de frango picado
  • Seis dentes alho amassados
  • Uma colher (sopa) de colorau
  • Uma xícara óleo de soja
  • Dois tabletes de caldo de galinha
  • Dois maços Ora-pro-nóbis (sem talo)
  • Sal


Modo de fazer:

Lave bem o frango com limão.

Coloque o alho e óleo em uma panela e junte o colorau.

Refogue o frango até pré-fritar.

Cubra com água até cozinhar bem.

Misture o Ora-pro-nóbis, tampe a panela por cinco minutos sem mexer.

Sirva com arroz e angu.

Versículo da Semana








 

"Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos com tremor."

(Salmos 2:11)