Caras leitoras, ao visitar uma Feira de Orgânicos
procurando uma couve-manteiga para fazer meu Suco Verde, fui apresentada a uma
nova hortaliça que passou a fazer parte da minha alimentação: o Ora-pro-nóbis.
Comentando com as feirantes sobre minha baixa
de ferro e minha necessidade de suplementação alimentar, fui mais que depressa
incentivada a levar um saquinho dessa preciosidade pouco conhecida dos
brasileiros. Paguei três reais por um maço fresquinho e orgânico de folhas
do Ora-pro-nóbis.
Não sei se vocês já a conhecem, mas, no meu
caso, foi uma surpresa conhecer e aprender sobre o valor nutricional desse
alimento que brota com tanta facilidade no solo brasileiro.
Em Minas Gerais ela parece ser bem conhecida,
mas, em Brasília e em outras capitais, nem tanto. Alguns naturalistas a
consideram como “a carne dos vegetarianos” dado o seu valor proteico e
nutritivo. Seu sabor é leve e agradável ao paladar.
Além de incluir esse vegetal nas minhas receitas semanais, resolvi ler um pouco mais sobre ela e
compartilhar com vocês no Post dessa semana o resumo retirado da Wikipédia sobre o Ora-pro-nóbis:
Ora-pro-nóbis
(Pereskia Aculeata), do latim "rogai por nós", é uma cactácea, um
cacto trepadeira com folhas. Tem espinhos e pode ser usada em cercas-vivas, se
desenvolvendo bem tanto à sombra como ao sol.
Originária
do continente americano, encontram-se variedades nativas dessa hortaliça
perene, rústica e resistente à seca da Flórida, nos Estados Unidos, à região
sudeste do Brasil.
Segundo
tradições populares, o nome teria sido criado por pessoas que colhiam a planta
no quintal de um padre, enquanto ele rezava em latim: Ora pro nóbis. Sendo
conhecido também como Lobrobô ou Lobrobó.
O
nome científico é uma homenagem ao cientista francês Nicolas-Claude Fabri de
Peiresc, e o termo aculeata vem do latim e significa espinho, agulha.
Acredita-se
que o cultivo em larga escala do Ora-pro-nóbis poderia representar uma
revolução nos recursos alimentícios da humanidade, devido a seu fácil cultivo,
grande produção e alto valor nutricional.
Gastronomia: é um vegetal rico em ferro, ajuda a
curar anemias das mais graves. Usa-se as folhas frescas ou secas e moídas na
forma de pó. Também usada no preparo da farinha múltipla, complemento nutricional
no combate à fome.
Suas
folhas são ricas em mucilagem, que contribui para o bom funcionamento do
intestino.
As
folhas e flores são usadas em diferentes receitas, especialmente em sopas,
omeletes, tortas e refogados. Muita gente prefere consumir as folhas cruas em
saladas, acompanhando o prato principal. Outros as usam como mistura para
enriquecer farinha, massas e pães em geral. É servido cotidianamente nas
cidades históricas do estado de Minas Gerais, onde a planta é mais popular.
Ainda
há o emprego para a produção de mel e possui 25,4% de proteínas (das folhas secas),
sendo por isso conhecido como "carne dos pobres", vitaminas A, B e C
bem como, além do ferro, minerais como cálcio e fósforo.
Encontrado
em diversos estados do Brasil, em algumas localidades atingiu o status de
ingrediente culinário, onde é refogado com vários tipos de carnes e é empregado
em ensopados.
Na
cidade de Sabará, existe o Festival do Ora-pro-nóbis, onde é comum utilizar a
cactácea para pratos culinários. Em Sabará também teria surgido a lenda de que
o nome Ora-pro-nóbis é uma referência a uma lenda que em uma época em que
pessoas colhiam a planta no quintal da casa de um pároco, ele sempre rezava uma
ladainha.
Em
Tiradentes, outra cidade brasileira de Minas Gerais, também há restaurantes que
utilizam a Ora-pro-nóbis, sendo apreciado o frango com Ora-pro-nóbis.
Cultivo: a variedade tem flores brancas, quando
é mais adequada para consumo e suas folhas podem ser ingeridas refogadas ou
mesmo cruas, as flores também são comestíveis. A variedade comestível tem miolo
alaranjado e folhas pequenas e suculentas.
A Ora-pro-nóbis
é propagada por meio de estacas plantadas em solo fértil enriquecido matéria
orgânica e, depois de enraizadas, são transplantadas para o local definitivo.
Serve
também para alimentação animal, in natura ou na ração, barateando os custos da
produção.
O Ora-pro-nóbis
não pode ser confundido com a Grandiflora ou a Bleo que têm flores rosa (muito
comuns no Brasil, e difíceis de serem diferenciadas sem a florada).