Caras leitoras, após essa
breve pausa, gostaria de seguir compartilhando com vocês o nosso estudo sobre Aprender a Ser Feliz. A reflexão dessa
semana apresenta um método simples que pode ser usado por qualquer pessoa para
se fazer previsões precisas de como nos sentiremos no futuro.
Existem maneiras diferentes
de prever os sentimentos futuros. Segundo os estudiosos, a maneira mais fácil
é, contudo, a que ninguém quer usar. Isso se deve ao forte poder da nossa
imaginação e de confiarmos nela prontamente. Por exemplo: imaginamos um dia
mudar para outra cidade; imaginamos receber uma promoção no trabalho; imaginamos
fazer aquela viagem dos sonhos; imaginamos conhecer um parceiro fenomenal;
enfim, não conseguimos viajar no tempo, mas conseguimos viajar no espaço,
através da imaginação, não é mesmo?
Nesse sentido, se prestarmos
atenção ao nosso redor, não será difícil encontrar outras pessoas que estão
vivendo algumas das situações que imaginamos. Com certeza você já soube de
alguém que foi morar na mesma cidade que você imaginou; alguém que já ocupa o
cargo similar ao da sua promoção; alguém que já viajou para os lugares onde
você sonha conhecer; alguém que se casou com um cara fenomenal... Pois bem, uma
forma de prevermos nossos futuros emocionais é encontrar alguém que esteja vivendo
a experiência que imaginamos e perguntar a essa pessoa como ela se sente. Em
vez de recorrermos às nossas experiências passadas ou apenas à nossa
imaginação, para prevermos como nos sentiríamos emocionalmente no futuro,
talvez seja possível sermos mais assertivos nessa previsão, ao observarmos outras
pessoas e percebermos como elas se dão conta de suas vidas. Fácil, você não
acha?
Mas, com certeza, algumas de
vocês vão pensar: “prefiro basear minhas
previsões numa imaginação falha a considerar histórias de pessoas cujas
preferências, gostos e inclinações emocionais sejam totalmente diferentes dos
meus”. Muita gente pensa dessa forma, contudo, segundo os estudos
comprovam, a experiência de um único indivíduo, selecionado aleatoriamente, pode
nos dar uma boa base de previsão para o futuro melhor que nossa própria
imaginação.
Um fator que dificulta a
aplicação desse método tão fácil de previsão do futuro é o fato de nos vermos
como únicos e superiores, muitas vezes. Mesmo quando agimos exatamente como os
outros, nossa tendência é dizer que tais atitudes têm uma razão ímpar. Mas,
será que é assim mesmo? O que nos leva a pensar que somos tão especiais assim?
Os psicólogos, biólogos,
economistas e sociólogos, profissionais que estão em busca de leis universais
que expliquem o comportamento humano, privilegiam as similaridades, mas o restante
das pessoas se importa, sobretudo, com as diferenças. Nossa crença na variabilidade dos outros e na
singularidade de nós mesmos é extremamente poderosa no que diz respeito às
emoções e isso é a principal razão para recusarmos o uso da experiência dos
outros em nossas previsões.
A ironia é que o método da
substituição (se perceber na realidade que o outro já viveu) é um modo simples
e barato de prever as emoções futuras, mas, como não percebemos que todos nós
somos parecidos, rejeitamos usar esse método confiável e optamos por contar com
nossa imaginação, não importando quão falível e imperfeita ela possa ser.