domingo, 13 de outubro de 2013

Sem Perdão Não Existe Amanhã (Parte II)









Caras leitoras, continuemos a reflexão sobre perdão, de autoria do pastor e escritor Ed René Kivitz.

Ele segue sua reflexão nos ensinando o seguinte:


"Estou ciente das propostas terapêuticas, especialmente aquelas que sugerem a necessidade de re–significar a história e seus momentos específicos: voltar nos eventos traumáticos e dar a eles novos sentidos. Creio também na cura pela fala. Admito que a tomada de consciência e a possibilidade de uma nova consciência produzem libertações, ou, no mínimo, alívios, que de outra maneira dificilmente nos seriam possíveis.

Mas, por outro lado, posso testemunhar quantas vezes já assisti esse filme e o final não foi nada feliz. 

Minha conclusão é simples (espero que não simplória): o que faz a diferença para a experiência do perdão não é a qualidade do processo de fazer acordos a respeito dos fatos que determinaram o distanciamento, mas a atitude dos corações que buscam a reaproximação.

Em outras palavras, uma coisa é olhar para o passado com a cabeça, cada um buscando convencer o outro de sua razão, e, bem diferente, é olhar para o outro com o coração amoroso, com o desejo verdadeiro do abraço perdido, independentemente de quem tem ou deixa de ter razão.

Abraços criam espaço para acordos, mas a tentativa de celebrar acordos nem sempre termina em abraços.

Essa foi a experiência entre José e seus irmãos. Depois de longos anos de afastamento e uma triste história de competições explícitas, preferências de pai e mãe, agressões, traições e abandonos, voltam a se encontrar no Egito: a vítima em posição de poder contra seus agressores.

José está diante de um dilema: fazer justiça ou abraçar. Deseja abraçar, mas não consegue deixar o passado para trás. Enquanto fala com seus irmãos sai para chorar, e seu desespero é tal que todos no palácio escutam seu pranto. Mas ao final se rende: primeiro abraça e depois discute o passado.

Essa é a ordem certa. Primeiro, porque os abraços revelam a atitude dos corações, mais preocupados em se (re)aproximar do que em fazer valer seus direitos e razões. 

Depois, porque, no colo do abraço o passado perde força e as possibilidades de alegrias no futuro da convivência restaurada esvaziam a importância das tristezas desse passado funesto.

Quando as pessoas decidem colocar suas mágoas sobre a mesa, devem saber que manuseiam nitroglicerina pura. As palavras explodem com muita facilidade, e podem causar mais destruição do que promover restauração.

Não são poucos os que se atrevem a resolver conflitos, e no processo criam outros ainda maiores, aprofundam as feridas que tentavam curar, ou mesmo ferem novamente o que estava cicatrizado. Tudo depende do coração. 

O encontro é ao redor de pessoas ou de problemas? A intenção é a reconciliação entre as pessoas ou a busca de soluções para os problemas?

Por exemplo, quando percebo que sua dívida para comigo afastou você de mim, vou ao seu encontro em busca do pagamento da dívida ou da reaproximação afetiva? Nem sempre as duas coisas são possíveis. 

Infelizmente, minha experiência mostra que a maioria das pessoas prefere o ressarcimento da dívida em detrimento do abraço, o que fatalmente resulta em morte: as pessoas morrem umas para as outras e, consequentemente, as relações morrem também. 

A razão é óbvia: dívidas de amor são impagáveis e somente o perdão abre os horizontes para o futuro da comunhão. 

Ficar analisando o caderno onde as dívidas estão anotadas, discutindo o que é justo e injusto, quem prejudicou quem e quando, pode resultar em alguma reparação de justiça, mas isso é inútil – dívidas de amor são impagáveis.

Mas o perdão tem o dia seguinte. Os que recebem perdão e abraços cuidam para não mais ferir o outro. Ainda que desobrigados pelo perdão, farão todo o possível para reparar os danos do caminho.

Mas, já não buscam justiça. Buscam comunhão. Já não o fazem porque se sentem culpados e querem se justificar para si mesmos ou para quem quer que seja, mas porque se percebem amados e não têm outra alternativa senão retribuir amando.

As experiências de perdão que não resultam na busca do que é justo desmerecem o perdão e esvaziam sua grandeza e seu poder de curar.

Perdoar é diferente de relevar. Perdoar é afirmar o amor sobre a justiça, sem jamais sacrificar o que é justo.

O perdão coloca as coisas no lugar. E nos capacita a conviver com algumas coisas que jamais voltarão ao lugar de onde não deveriam ter saído. 

Sem perdão não existe amanhã."

(By Ed René Kivitz)

Dica de Leitura







Título: Talmidim

Autor: Ed René Kivitz

Ano: 2012

Editora: Mundo Cristão

Número de páginas: 384

Receita da Semana






Molho Pesto
(Receita de Jamie Oliver)

Ingredientes:

  • Um maço de  manjericão fresco
  • 50g de amêndoas
  • 50g de parmesão em pedaços
  • Duas colheres (sopa) de um bom azeite
  • Uma concha de água quente
  • Sal e pimenta (a gosto)
  • Suco de meio limão (ou 1 inteiro, de acordo com sua preferência)
  • Um dente de alho amassado


Modo de Fazer:

Separe algumas folhas de manjericão e coloque com os demais ingredientes em um liquidificador ou processador sem retirar os talos.

Acrescente ainda as amêndoas e o parmesão e comece a processar.

Pare um pouco e acrescente azeite, voltando a processar, incluindo a água.

Verifique o sabor e ajuste o sal.

Não esqueça a  pimenta, o suco de limão e o alho.

Após provar, volte a processar mais uma vez e o molho estará pronto para ser utilizado, tanto em temperatura ambiente, quanto quente sobre massas e pães.



Versículo da Semana

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
" Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplica com ações de graças, apresentem seus pedidos a Deus. "
 
(Filipenses 4:6)