Queridas leitoras, estamos iniciando uma nova série temática deveras instigante: aprender
a ser feliz. Esse tema, embora soe um tanto familiar, tem me chamado
atenção de uma forma um pouco mais contundente, desde que passei dos meus 40
aninhos... Talvez por me considerar entrando em uma outra fase na minha
carreira, vendo a aposentadoria se aproximar, os filhos crescerem, as rugas
ficarem mais marcadas, enfim, tomando consciência de que estou iniciando um
novo ciclo na minha vida. Eu considero a busca pela felicidade um estado
permanente de todo ser humano, mas, por outro lado, acho que tal busca deva ser
um pouco mais intencionalmente desejada. É por isso que a partir dessa
semana, quero compartilhar com as leitoras, o que tenho lido e ouvido sobre as pesquisas e
tendências nessa temática, sob a ótica de alguns psicólogos, sociólogos,
pastores, filósofos e mortais, como nós. Começo fazendo a seguinte pergunta:
você saberia dizer o que a faz feliz?
Ao iniciar a reflexão sobre
esse tema, devemos entender que a palavra Felicidade,
de acordo com os estudiosos, é usada para indicar pelo menos três estados
correlacionados, quais sejam: felicidade
emocional; felicidade moral; felicidade de julgamento. No caso, a
felicidade emocional é a mais elementar das três. ”A felicidade emocional é uma expressão que define um sentimento, uma
experiência, um estado subjetivo, não apresentando assim, uma correlação objetiva
no mundo material.” Logo, é super difícil definir tais estados subjetivos,
embora, sabemos que, por exemplo, ver a nossa filha sorrir pela primeira vez
nos causa uma tamanha felicidade, porém, teríamos dificuldade em descrever o
que sentimos somente por intermédio da linguagem. Podemos então perceber o seguinte: como a felicidade
emocional é uma experiência, ela só pode ser aproximadamente definida por seus
antecedentes e por sua relação com outras experiências que você vivenciou.
Conseguiu entender? Pense assim: embora a felicidade emocional não seja de
fácil definição por meio das palavras, quando a sentimos, não duvidamos nem de
sua realidade, nem de sua importância, não é mesmo?
Vamos a mais uma constatação
sobre esse tema: as pessoas querem ser felizes. Isso mesmo! Se já houve algum
grupo de seres humanos que tenha preferido o desespero à alegria, a frustração
à satisfação ou a dor ao prazer, esse grupo deve estar muito bem escondido até
hoje, pois não temos conhecimento de tal atitude coletiva. Observando o
comportamento humano, de uma forma geral, podemos concluir que todas as pessoas
querem ser felizes e procuram meios distintos para atingir esse fim. No caso
das mulheres, até mesmo quando alguma de nós se priva da felicidade por um
momento - fazendo dieta quando poderia estar comendo de tudo ou, trabalhando
até tarde, quando poderia estar dormindo – normalmente, o faz com o objetivo de
colher frutos no futuro. Por fim, procurando melhor compreender a felicidade emocional, ao verificarmos a
definição do verbo preferir no
Dicionário, compreendemos que tal ação refere-se
a “escolher uma coisa que é mais
agradável do que outra.” Logo, a busca pela felicidade está embutida na
própria definição do desejo. Segundo Freud, todos os homens procuram ser felizes
e esse é o motivo de todas as ações dos homens, até mesmo dos que vão
enforcar-se. Acredite, se quiser!