Caras leitoras, fui convidada para uma reunião de mulheres na minha atual igreja e gostei muito de ter participado. Além do momento de comunhão extremamente prazeroso, pude refletir sobre aspectos de minha personalidade de uma forma instigante e criativa.
Nessa reunião, o estudo bíblico conduzido por uma missionária convidada foi inspirado no filme “Malévola” e trouxe contribuições muito positivas para todas que lá estavam.
Para quem não assistiu esse filme, trata-se de uma película que nos remete à famosa história
da Bela Adormecida, produzido nos estúdios da Disney e tendo como protagonista
a “feiosa” Angelina Jolie. (Rsrsrsrs)
Só pela interpretação de
Angelina Jolie no papel de Malévola,
já vale assistir ao filme. Ela dá um show!
Fadas, príncipes e fantasias
à parte, um estudo bíblico sobre esse filme me pegou de surpresa (num bom
sentido). Mesmo sendo uma história imaginária, conseguimos ver certa correlação
com nosso mundo real e linkar com a Palavra de Deus.
Vim pensando na personagem Malévola, depois do estudo... Fiquei
imaginando que todas nós temos nosso lado “Malévola “de ser: nosso lado
sombrio, que só nós e o Espírito Santo conhecem a fundo; nosso lado carnal, com
suas artimanhas malignas, típicas da nossa natureza adâmica; nosso lado fraco que
briga diariamente com nosso coração e mente; nosso lado mundano de ser.
Mas, para quem assistiu ao
filme, o personagem “Malévola“ esconde um ser de coração amoroso que as
circunstâncias inesperadas e sofridas da vida levaram a ser negado e negligenciado. Somente
no final do filme, esse lado iluminado volta a aparecer e prevalece sobre a
maldade.
Trata-se de uma fantasia
hollywoodiana, lógico, mas, quem não gosta de um final feliz? Quem não aprecia
uma boa interpretação de uma atriz que esbanja beleza e talento?
Trazendo para nosso mundo
real, nós também poderíamos dizer que muitas vezes somos vilãs e muitas vezes
somos heroínas em nossa própria história de vida. Agimos com aqueles que nos
cercam, com ações e reações as mais diversas, motivadas por sentimentos de todo
tipo que nos levam a arrependimento, algumas vezes e, ao mesmo tempo, a
momentos de orgulho e glória.
Não é assim com você?
Comigo é sempre assim. Uma
luta constante do meu lado “Benévola” (parafraseando o pastor P. Moreira) com o
meu lado “Malévola” de ser. Todavia, sei que não fui a primeira a tomar
consciência disto. O apóstolo Paulo fala um pouco dessa dicotomia existencial
em sua carta aos Romanos, capítulo 7, vs. 19, quando afirma:“...pois o que faço não é o bem que desejo,
mas o mal que não quero fazer esse eu continuo fazendo.
Essa afirmação do apóstolo Paulo nos consola, de certa forma. Podemos ver que essa luta interna entre o bem e o mal acompanha a todos aqueles que buscam cumprir a vontade de Deus.
Pois bem, finalizando minha
auto-reflexão, inspirada no filme e no
estudo que ouvi hoje, desejo que minha vida, tal qual a história da Bela Adormecida, tenha um Happy End, ou seja: que o lado “Benévola”
de ser prevaleça cada dia mais, em relação ao meu lado “Malévola” de ser. Que o
amor encontre mais espaço em meu coração e mente, do que o ódio e o rancor. Que
eu espelhe Cristo em meu viver e seja luz por onde passar. Afinal, como dizia o querido amigo e bispo R.R.: “terminar
bem é mais importante que começar bem”.