sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Dá-me um coração grato, Senhor!

 

No mês de novembro, ao se aproximar a última semana do mês, já corro no melhor mercado do meu bairro para comprar um perú temperado, frutas em compotas, fios de ovos e cerejas. Compro abóboras, batatas, ervilhas tortas e algumas entradinhas apetitosas também. Revejo os enfeites da mesa, a trilha sonora e já vou pensando como montar a nossa mesa de Thanksgiving! Amo celebrar em família!! 

Porém, nesse ano, fui obrigada a congelar o perú que comprei e guardar os enfeites de mesa para uma data posterior. O motivo inesperado responsável pelo adiamento do nosso jantar festivo: o Covid. Esse pequeno e temido vírus chegou  aqui em casa e derrubou nosso ânimo e nosso apetite de uma forma inesperada, justamente na semana do Dia de Ações de Graças.

Meu esposo foi o primeiro a demonstrar sintomas e, portanto, a ser isolado num quarto da casa. Não dava para montar uma ceia festiva e cada um comer sozinho, no seu quadrado, não é mesmo? Além disso, meu filho iria viajar na mesma semana para visitar a noiva em Brasília e a família estaria incompleta. Passados uns três dias de isolamento do meu esposo, eu e minha filha também apresentamos os sintomas e iniciamos o tratamento. Ou seja, não havia mesmo clima de festa aqui em casa no final de novembro. Que pena!

Reconheço que durante todo esse isolamento social, sinto muita falta de participar de festas e de abraçar pessoas! Amo receber em casa! Amo um pretexto para celebrar! Amo montar uma mesa especial, ainda que só para dois! Fico contando os dias para as festas de final de ano! Sou uma pessoa festeira!

Mas, dessa vez, precisei refazer o agendamento do jantar tradicional de família e me contentar com uma sopinha quente e gostosa na frente da TV, assistindo a um novo seriado romântico na suíte do meu filho. Foi uma noite de paz!  

Apesar da desilusão festiva, fui tomada por uma enxurrada de gratidão em meu coração, como há muito tempo não sentia. Consegui trazer à minha mente tantas lembranças maravilhosas de momentos vividos nesse ano que levaram-me a agradecer de uma forma inusitada e a encher os olhos de lágrimas. O senso de gratidão em meio à adversidade ganha colorações diferentes, você já percebeu isso?

Eu pude ver o quanto Deus tem sido Fiel e amoroso para comigo e minha família ao longo desse ano de 2020! Eu pude silenciar meu coração e relembrar as cenas vividas, muitas delas, repletas de simbolismos! Eu pude fechar os olhos e me ver de joelhos nas madrugadas orando! Eu pude ouvir na minha mente alguns trechos dos hinos que me sustentaram nas horas das lutas, quando eu pegava o carro e quebrava o isolamento! Eu pude abrir a Palavra e reler um Salmo repleto de verdades e promessas que minha tia Célia ensinou-me a decorar  quando eu era ainda pequena! Eu pude abrir meus lábios e cantar, ao som do piano da sala, reconhecendo que nasci para louvar esse Deus Maravilhoso! Eu pude olhar os porta-retratos da sala de TV onde estou com meu esposo e meus filhos e me maravilhar com a família incrível que Deus me deu!! 

Foi tão bom passar um Thanksgiving assim! Eu não esperava sentir tanto amor e tanta alegria naquela última quinta-feira de novembro! Por enquanto, o perú segue congelado e os enfeites, guardados na gaveta. Todavia, meu coração,  esse eu posso afirmar: está enfeitado com uma linda mesa de  Thanksgiving repleta de motivos de gratidão! 

 


domingo, 24 de maio de 2020















“Tu és o lugar em que me escondo; tu me preservas da  angústia; tu me cinges de alegres cantos de livramento.”
(Salmos 32:7)

domingo, 17 de maio de 2020

Porque tive fome e destes-me de comer







Como minha mãe trabalhava fora o dia todo, sempre que possível, ela nos deixava passar a tarde na casa da vovó. Minha vó era uma viúva de poucas posses, cristã e que tinha o dom da multiplicação. Sim, ela era incrível! Se chegasse alguma visita inesperada para almoçar, rapidamente, com a ajuda de um martelo de carne e uma faca, dois bifes viravam seis bem depressa. Com o envelope de sopa Knorr, era a mesma coisa: acrescentava água, um pouco de leite, uma colher de Maizena e… Voilà! Sopa para abastecer um batalhão! Transformar o pouco em muito, era com ela mesma. Cresci vendo esses milagres e aprendi muito com minha vó.

No bairro em que minha vó morava, por ser um bairro de casas geminadas, sem muros, era  comum aparecerem pedintes batendo na porta da casa dela. Quando algum deles tocava a campainha, vovó, educadamente, pedia para aguardar um minutinho. Ela corria pra cozinha e, rapidamente, preparava um prato de comida bem farto. Colocava um pouco de tudo que havia sobre o fogão, enchia também um copo de leite e voltava para entregar à pessoa que a estava aguardando. Jamais vi minha vó despedir alguém de mãos vazias. Isso ficou marcado na minha memória.  A maioria deles comia, agradecia e ia embora. Porém, nem todos agiam dessa forma. Lembro que, para tristeza de minha vó, alguns desses pedintes despejavam a comida no chão e saíam murmurando. Parecia ser alguma forma de protesto por não haverem recebido dinheiro e sim, comida.  

Recentemente lembrei-me dessas cenas na casa da minha vó e pude perceber que as pessoas seguem agindo dessa maneira quando recebem “o pão”. Algumas são gratas e outras não. Algumas recebem com alegria o que você reparte, outras não. Algumas comem o alimento repartido, outras o descartam. As reações das pessoas são bem distintas e me levaram a parar um pouco para refletir. A sensação de aplacar a fome de alguém é extremamente prazerosa, contudo, nem sempre é possível. 

Atribuindo a palavras e ensinamentos o significado de “pão”, percebi que nos nossos relacionamentos, tal qual acontece com um prato de comida, as pessoas recebem de nós o “pão” de bom grado e outras, diferentemente, desprezam o alimento oferecido. Observei esse tipo de comportamento com pessoas em grupos de wapp, pessoas mais próximas e pessoas com as quais tenho pouco contato.  Recordei-me, então, da passagem bíblica em que Jesus, numa alusão escatológica, nos adverte: …porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber...”

Sei que Jesus estava explicando sobre algo futuro, mas, na hora em que reli esse texto, uma compreensão clara do que eu estava sentindo em meu coração sobre as reações das pessoas, invadiu minha mente e pude perceber que existe uma pré-condição ao ato de dar o “pão” quando se trata de repartir palavras ou ensinamentos. Parte do desconforto que eu estava sentindo extrapolava a emoção da não-reciprocidade e associava-se a, pelo menos, três fatores que se repetem e merecem nossa atenção.

O primeiro deles repousa no fato de dar “pão” a quem não está com fome. Ou seja, ao querer repartir o “pão” com alguém que está suficientemente saciado, significa desperdiçar alimento. Talvez em outro momento esse “pão” até seja bem-vindo, mas, não naquele momento em que a pessoa não está com fome.

O segundo fator assemelha-se ao que aquele pedinte fez na frente da casa da minha vó: jogou no chão o prato de comida que recebeu. Ou seja, dar “pão” a alguém que está com fome, porém, não uma fome do tipo de alimento que tenho para oferecer. A fome dessa pessoa poderia ser de tudo, menos de palavras ou ensinamentos, por exemplo.   

O terceiro fator não possui uma correlação direta com essa passagem bíblica. Refere-se a ação de dar "pão"  a alguém que até pode estar faminto, porém, não me pediu. 

Estamos cercadas por pessoas famintas de todo tipo de “pão” e é nosso dever reparti-lo. Contudo, quando se trata de repartir palavras ou ensinamentos, sugiro observarmos esses três fatores: (1) dar pão a quem tem fome; (2) o pão que a pessoa necessita, nem sempre é o que você possui; (3) saber com quem repartir o pão e o melhor momento de fazê-lo.

Por mais altruísta que possa parecer, o ato de repartir o pão requer alguns cuidados de nossa parte. Quer seja o pão material quer seja o “pão” representado por palavras e ensinamentos, devemos reparti-lo com a mente e o coração envolvidos no processo.

Por falar nisso... você tem fome de quê?

Dica de Leitura








Título: Foco

Autor: Daniel Goleman & Cássia Zanon

Editora: Objetiva

Sinopse: Você está prestando atenção? Ou já se distraiu checando seus e-mails, mensagens, Facebook, Twitter? Resistiu ao impulso de deixar sua mente divagar? Se tiver resistido, muito bem: normalmente uma pessoa fica distraída por mais de 40% do tempo quando lê um texto. Mas quais são os benefícios de ficar focado por um longo período? Uma palavra: sucesso. Segundo Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência emocional, a atenção funciona de forma muito parecida com um músculo: se não o utilizamos, fica atrofiado; se o exercitamos, se desenvolve e se fortalece. Numa era de distrações intermináveis, Goleman argumenta que precisamos aprender a aprimorar nosso foco se quisermos prosperar no mundo complexo em que vivemos. Aqueles que alcançam rendimento máximo (seja nos estudos, nos negócios, nos esportes ou nas artes) são precisamente os que prestam atenção no que é mais importante para seu desempenho. Foco é uma ferramenta essencial, é o que diferencia um especialista de um amador, um profissional de sucesso do funcionário mediano. Foco traz um olhar inovador sobre o segredo para o alto desempenho e mostra como a atenção tem um papel fundamental para o sucesso.

Versículo do Dia








“E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes; e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em benignidade, e se arrepende do mal.”
(Joel 2:13)

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Vulnerabilidades e o mundo virtual (parte 2)








Desculpem o tamanho dos Posts! Ficaram um tanto longos, me perdoem. Na verdade, acho que me empolguei com o assunto e precisava dessa catarse com as palavras. Escrever me acalma, me traz mais leveza. Penso escrevendo, sabe como? O isolamento social também tem contribuído para eu gastar mais tempo em companhia do teclado.
Gostaria de repartir com vocês um pouquinho da minha experiência nos grupos de wapp de mulheres em tempo de quarentena. Dentre os cinco grupos de mulheres dos quais faço parte, escolhi dois deles para compartilhar com vocês, repartindo um pouco da minha relação com o universo virtual feminino. No Post anterior, apresentei algumas vulnerabilidades que surgiram ao participar de um grupo recém-formado, no qual me sinto ainda caloura na arte de comunicar-me de forma eficaz. Hoje, apresentarei a vocês outras vulnerabilidades, mais voltadas para a questão da interação em grupos grandes de wapp.
Ano passado, fui convidada por uma senhora cristã a participar de uma reunião de oração em sua residência. Demorei a aceitar o convite, me sentindo um pouco tímida por não conhecer ninguém. Em Brasília, onde morei minha vida toda, frequentava muitas reuniões de oração com mulheres e estava sentindo falta disso aqui em São Paulo. Um belo dia, lá fui eu: bolo de banana numa mão e bíblia na outra. Como era num apartamento, eu esperava encontrar doze a quinze mulheres, no máximo. Porém, chegando lá, deparei-me com um grupo de, mais ou menos, umas trinta mulheres, de todas as idades, belas, educadas, reunidas  para buscar a Deus em plena segunda-feira. Fiquei surpresa!  Fui super bem acolhida pela anfitriã lindíssima e educadíssima. A pastora trouxe a palavra e o momento de louvor ficou a cargo dos clipes no youtube. Seguiu-se o momento de oração e depois o lanchinho. Tudo maravilhoso! Conversei com algumas mulheres e tentei enturmar-me na devida proporção de um primeiro encontro. Fui muito bem acolhida e segui participando pro um tempo.
Ao final da reunião, a anfitriã me perguntou se eu queria fazer parte do grupo delas de oração no wapp. Logo respondi que sim, tendo uma referência prévia do que é participar de grupos dessa natureza. Porém, estranhei a reação dela com minha pronta resposta afirmativa. Ela, educadamente, me perguntou novamente: você tem certeza que deseja participar? E emendou dizendo e sorrindo: é que nosso grupo começa a postar mensagens bem cedinho e eu recomendo deixar no silencioso o alarme de recebimento de mensagens no seu celular, caso queira mesmo participar. Entendi a explicação dela e reafirmei minha aquiescência ao convite.
Voltei pra casa e no dia seguinte, sem nem estar lembrada da minha adesão ao novo grupo do wapp, tomei café, fiz minha devocional e quando fui olhar o wapp no meu celular, apareceu o símbolo desse novo grupo. As sete horas da manhã já havia uma quantidade significativa de mensagens postadas. Lembrei-me, imediatamente, da cautela que a anfitriã teve ao me convidar para fazer parte desse grupo de wapp. Procurando entender o volume de mensagens recebidas naquele horário do dia, corri para ver quantas mulheres faziam parte do grupo, afinal, nunca havia sido surpreendida com tantas mensagens de uma só vez, antes das  oito da manhã. Para meu espanto, o grupo tinha naquela data, 127 participantes. Era, sem dúvida, o maior grupo de oração no wapp do qual já havia participado. Hoje somos 247 mulheres. Uma bênção!
Minha primeira reação foi agradecer a Deus por tantas mulheres buscando orar e se fortalecer na Palavra virtualmente, mas, quase que concomitantemente a essa reação, tive certa curiosidade quanto ao  volume diário de mensagens, vídeos, pedidos de oração e leituras que seriam postadas ali. Pensei: saio ou fico nesse grupo? Vai sobrecarregar meu celular. É muita gente! Embora conhecendo mais de perto, apenas 3 mulheres até aquele momento, resolvi permanecer no grupo. Daí começaram a surgir minhas vulnerabilidades pessoais alusivas ao contexto de macrogrupos, algo novo para mim. 
Inicialmente, tentei lidar com minha participação nesse grupo grande da mesma forma que fazia com os demais grupos de oração menores de wapp, procurando interagir com os participantes da melhor forma possível, a saber: comentando as mensagens postadas, ouvindo todos os clipes, todos os áudios de oração, orando junto com a host do grupo, abrindo todos os links, etc. Porém, ao final da primeira semana participando desse grupo, sentindo certa sobrecarga de informações postadas, cheguei à conclusão de que teria que criar uma nova forma de “participar” desse grupo que não tomasse muito o meu tempo, mas que me mantivesse envolvida na intercessão e edificação ali propostas. Não encontrei logo de cara a forma ideal, muito pelo contrário. Adotei formas variadas de interação. Por exemplo, quando optei por participar desse grupo  ao estilo mulher invisível, eu escolhi não postar nada, não comentar nada, não enviar emojis e jamais me manifestar. Essa clandestinidade virtual em um grupo de oração no wapp é, por vezes, um exercício de autocontrole para mim, pois, embora eu seja uma pessoa que curte esse tipo de coisa, não posso extrapolar meu tempo diário para esse fim. Futuramente, talvez isso mude e a interação seja maior. 
Penso que esse estilo que adotei talvez seja o da maioria das mulheres por ali. Um estilo meio unilateral de se relacionar. Confesso que não parei pra analisar isso numericamente falando. Funciona mais ou menos assim: receber as mensagens, ler algumas delas, ouvir o louvor do dia e incluir alguns pedidos de oração postados no grupo em meu momento de oração diário. Porém, algumas vezes, sinto-me como um  parasita que suga o alimento de seu hospedeiro, ao ser edificada por tudo que ali é postado, sem nunca retribuir. Você já teve essa sensação em algum grupo grande de wapp de oração?  
A forma de interceder pelos pedidos postados, no contexto de um grupo grande de wapp, foi também um processo pessoal de aprendizado repleto de vulnerabilidades. Eu não tinha o hábito de orar por pessoas que não conhecia. Sempre alguém me situava sobre o pedido de oração, me reportava de quem se tratava aquele pedido ou me mostrava a foto da pessoa, por exemplo. Isso me deixava mais próxima daquela pessoa, de alguma forma, na hora de interceder. Mas, nesse grupo grande isso não estava acontecendo, pois o volume era grande. Passei a ler os pedidos postados e a interceder por alguns deles, de uma forma pouco habitual. Confesso que essa impessoalidade ao interceder, me incomodava bastante. 
Porém, com o passar do tempo, embora não conhecendo pessoalmente quem havia postado, comecei a focar no teor dos pedidos postados. Esse foi meu pulo do gato! Comecei a sentir uma forte afinidade com aquelas mulheres que postavam seus motivos de oração com tanta espontaneidade e fui percebendo que, embora não fossem pessoas do meu círculo de amizade, da minha família ou pessoas próximas, suas angústias e ansiedades diziam respeito a qualquer mulher, inclusive a mim. Eram dores, ansiedades, alegrias, agradecimentos, crises, conflitos e muitos outros motivos de oração que todas nós temos ou já tivemos um dia. Fui então aprendendo a colocar meu pé no sapato de cada uma delas, de uma forma genuína e sincera. Ao orar por essas mulheres que só conheço o número de seu celular, pude experimentar uma conexão diferente daquela que eu conhecia anteriormente. Minha conexão com elas passou a ser feita nos joelhos dobrados, aos pés do mesmo Pai. Foi incrível! Tenho um amor por elas e consigo, muitas vezes, sentir suas inquietações como se fossem minhas.    
Sigo quebrando paradigmas e entendo que a forma pessoal ou  impessoal de se relacionar nos grupos de wapp, sejam eles grupos de oração ou outros grupos,  será sempre uma questão de escolha da nossa parte. Todavia, não dá para ser displicente nessa nova forma de nos relacionarmos, de intercedermos e de nos edificarmos mutuamente, sobretudo, em um momento como o que estamos vivendo, você não acha?
Ao compartilhar com vocês algumas das vulnerabilidades com as quais me deparo, bem como as formas que encontrei para aproveitar as oportunidades disponíveis no universo virtual, espero ter ajudado, de alguma forma. Meu desejo é que cada uma de vocês possa buscar seu próprio modelo de conexão e interação com outras mulheres, guardando sempre seus corações.

Finalmente irmãos, tudo que é verdadeiro, tudo que é respeitável, tudo que é justo, tudo que é puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. (Filipenses 4:8)



(Texto de 01/05/2020)

Dica de Leitura









Título: O poder secreto da oração e do jejum

Autor: Mahesh Chavda

Editora: Vida

Sinopse: Deus tem uma maneira de transformar derrotas em vitórias e fortalezas demoníacas em caminhos de amor e poder. Quando você enfrentar a derrota, O poder secreto da oração e do jejum lhe dará poder para liberar o Espírito Santo em seu interior! Seja problema físico, seja financeiro ou familiar, Mahesh Chavda enfrentou vitoriosamente esses ataques e viu o poder de Deus ganhar cada batalha. O estilo de vida de Mahesh Chavda é marcado pelo jejum e pela oração, por isso inspira você a lutar o bom combate e Deus lhe dará a solução. Traga a glória de Deus para sua vida, igreja, cidade e nação por meio do poder secreto da oração e do jejum.

Versículo do Dia









“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”

(Provérbios 4:23)

terça-feira, 12 de maio de 2020

Vulnerabilidades e o mundo virtual












Em tempo de quarentena, o ambiente virtual passou a ser algo que nós, com facilidade, trazemos pra bem perto do coração e, se bobear, somos capazes de colocar num tipo de altar ou algo do gênero.
Quando tento imaginar como seria a quarentena sem  o acesso à internet, confesso me sentir desconfortável. Abstinência do mundo virtual, somada às demais privações impostas por essa quarentena, formam um cenário pouco desejado, você não acha?
Nesse tempo de isolamento social, devo admitir que o mundo virtual tem sido um fiel fornecedor de alento e interação: acompanhar um seriado, assistir filmes, realizar videoconferências, participar de grupos no wapp, ouvir palestras, fazer novos cursos, acompanhar o culto online da minha comunidade, participar de salas de oração com os irmãos, dentre tantas outras possibilidades. Que privilégio!  Quando paro pra pensar que no Brasil, praticamente, um quarto da população não possui acesso à internet, me sinto extremamente grata.
Dividirei o Post em duas partes para não ficar cansativo. Tentarei fazer um recorte minúsculo sobre o tema “mundo virtual e vulnerabilidades” compartilhando com vocês uma experiência pessoal que vivenciei em dois grupos do wapp de mulheres dos quais faço parte.
Gosto muito da experiência de interagir virtualmente com outras mulheres. Além disso, talvez por estar aposentada e ter uma agenda livre, acabo me envolvendo prazerosamente. Na quarentena isso se intensificou, reconheço.
Um desses grupos nasceu no coração algumas mulheres de Deus, motivadas pelo isolamento social do momento. A criação do grupo foi algo mágico e sobrenatural. Acompanhei as etapas de sua formação nos bastidores e posso afirmar que foi algo divino e sobrenatural! Em poucos dias, um grupo de poucas mulheres virou um grupo de dez, que virou um grupo de vinte, que virou um grupo de quarenta e que hoje se transformou em uma verdadeira rede de mulheres conectadas.
Foi curioso que, nos primeiros dias de formação desse grupo, me foi solicitado sugerir alguns temas de interesse das mulheres para podermos trazer palestrantes e pessoas que pudessem dirigir a reflexão. A lista de temas incluía assuntos voltados para oração, emoções, cuidados pessoais, alimentação, criação de filhos, dentre outros. O grupo teve suas atividades iniciadas da melhor forma possível, com uma adesão incrível de mulheres de todas as idades. Estava formado mais um espaço de convivência virtual para exercício de amor e fé!
Em meio a toda excitação de ver esse grupo nascendo, com o coração exultante, me peguei refém de certas vulnerabilidades inerentes ao ambiente virtual mas que, infelizmente, conseguiram fazer um contraponto de emoções dentro em mim. Momentaneamente, um sentimento de excitação recebeu pinceladas de decepção e melancolia. Decepção comigo mesma por não “vigiar” e, melancolia, por perceber que tais vulnerabilidades tendem a se repetir, não só no mundo virtual. Algumas delas serão aqui compartilhadas no intuito de incluir vocês nessa minha jornada quarentenal.
A primeira vulnerabilidade que quero mencionar, costuma evidenciar-se, principalmente, quando participo de videoconferências. Se for uma videoconferência só com mulheres, num grupo acima de três pessoas, essa vulnerabilidade aparece rapidinho: saber me comunicar verbalmente. Pensei que teria mais facilidade com a comunicação no ambiente  virtual, todavia, senti certa dificuldade nesses primeiros encontros. Por falta de treino ou ansiedade acumulada, nem sempre acerto sobre o que falar, em que momento  e de que forma. Tendo a falar muito, atropelar falas, não ler as intenções do outro facilmente e por aí vai. O curioso é que essa mesma vulnerabilidade se transforma em diversão quando a videoconferência é com o grupo de wapp das mulheres da minha família, por exemplo. Como somos todas treinadas à moda italiana de falar ao mesmo tempo e se fazer entender, acaba sendo algo divertido! Desde a prima mais caladinha até a tia rouca, todas nós nos comunicamos de forma alegre e eficaz. Porém para quem vê de fora, a impressão que fica é de que ninguém se entende. Só que não! Por incrível que pareça, a comunicação flui. 
Então, retomando a questão da vulnerabilidade da comunicação no ambiente virtual e, trazendo para a minha realidade, percebo que a vulnerabilidade não está na videoconferência ou no grupo. Certamente que não. Afinal, se eu comparar as videoconferências do grupo de mulheres da igreja, do grupo de mulheres da pós-graduação e do grupo de mulheres da família, perceberei que ambas são videoconferências, ambas possuem mais de três participantes e ambas são só com mulheres. Então, por que considerar a comunicação uma vulnerabilidade? Simplesmente pelo fato de que em cada uma delas me vejo agindo, sentindo  e reagindo de formas diferenciadas. Deve ser assim com todo mundo, porém, trazendo para minha realidade, percebo que se eu não estiver atenta aos eventuais ruídos na comunicação de uma forma mais consciente e menos emocional, perderei a oportunidade de transforma-los em aprendizado e crescimento.
A segunda vulnerabilidade que gostaria de compartilhar com vocês, refere-se ao “timing” em responder mensagens no wapp e retornar ligações. Basta uma demora em responder a alguém e, sem querer, esse atraso pode ganhar conotações as mais diversas para quem está aguardando uma resposta. Eu costumava reclamar desse aspecto com outras pessoas, achando que era desinteresse ou falta de consideração, porém, recentemente, para minha tristeza, me vi fazendo a mesma coisa e não gostei do que senti. Atrasei o retorno de uma ligação e isso gerou certo desconforto que poderia ter sido evitado. Por sorte, a pessoa é bem resolvida e muito querida, portanto, resolvemos o assunto com boas risadas. Mas, gostaria de salientar que a questão do “timing”  no mundo virtual é bem mais complexa do que se imagina. Atrasos em responder uma mensagem de texto, em curtir alguma postagem, em abrir um email, dentre tantas outras tantas ações dessa natureza, podem facilmente ser motivo de indisposições. Precisamos ter cuidado quanto a isso, pensando nos dois lados da história, claro.
A terceira vulnerabilidade que quero mencionar, diz respeito a encadeamento e argumentação de ideias nos grupos de wapp. Em boa parte dos grupos de wapp dos quais participo, é comum as pessoas expressarem suas opiniões com liberdade e despretensiosamente: alguém digita algo, os outros leem, respondem ou não. Quando o tema é irrelevante, como por exemplo, aderir ou não às unhas em gel, as opiniões diferem e fica por isso mesmo. Todavia,  quando é lançada uma discussão importante no grupo como, por exemplo, criação de filhos, políticas públicas, pandemia, dentre outros, sinto dificuldade nesse processo. A impressão que tenho é de que temas são lançados e ficam sempre em aberto. Normalmente, leio a maior parte do que foi digitado e tento criar um certo encadeamento visando a uma conclusão sobre o assunto levantado, porém, em grupos maiores de wapp, nem sempre isso é possível. Aliás, quase nunca. Vale ressaltar que isso acontece nos grupos mistos dos quais participo, ou seja, extrapola o universo feminino. Inicio um processo de encadeamento mental mínimo, lendo o que foi digitado e digitando minha opinião a respeito. Sigo lendo mais um pouco das demais opiniões sobre o tema e, de repente, do nada, surge uma foto bem no meio dos textos  ou uma música, ou ainda, um novo tema é lançado. Socorro! Lá se vai meu raciocínio. Definitivamente, preciso parar com essa mania de ser caçadora de conclusões temáticas em grupos de wapp. Fico até na dúvida se devo classificar esse processo como vulnerabilidade ou, simplesmente, como modus operandi dos grupos de wapp. Todavia, resolvi optar pela primeira opção pelo seguinte motivo: quando você entra na discussão do tema proposto no grupo, posta alguma coisa, mas, seja por preguiça de digitar muito, seja pela quebra no “timing” da discussão, seja pelo motivo que for, sua opinião é lançada de forma incompleta e isso pode ganhar conotações as mais diversas por parte dos interlocutores virtuais. Você já passou por isso? Dá até preguiça, não? Mas há que se ter cuidado.
Por fim, não só no ambiente virtual, minha maior vulnerabilidade: guardar o coração. Um dos temas abordados em um desses grupos de wapp dos quais faço parte, foi: ídolos do coração. Pois bem, Deus me fez perceber que altares se formam nos corações de todas nós, o tempo todo, com certa facilidade. O mundo virtual, com seus grupos de wapp, videoconferências, lives e tudo mais, curiosamente, transforma-se rapidamente numa vitrine de alguns dos altares e dos ídolos que carregamos em nosso coração.
Essa semana, de uma forma toda especial, Deus me mostrou  ídolos que ainda precisam ser quebrados no meu coração e quebrou comigo (e por mim) alguns deles. Oro a Deus para que algo sublime não se perca tão rapidamente por limitações e vulnerabilidades trazidas pelo mundo virtual. Oro para que o mundo virtual seja canal de bênção para todas nós, em especial, nessa quarentena. 


(Texto de 29/04/2020)













 

 


  

  

Dica de Leitura













Título: Você pode mudar o mundo

Autor: Vários

Editora: Editorial Habacuque (demais editoras)

Sinopse: O que é preciso para fazer a diferença? Como você pode mudar o seu mundo? Coragem, determinação, força interior, visão, persistência e fé. Esses atributos são apenas alguns, dentre muitos, presentes naquelas pessoas que fizeram valiosas contribuições para a sociedade e o mundo, no passado e na atualidade. Nomes como Joana d'Arc, Abraham Lincoln, Helen Keller e Martin Luther King Jr. conquistaram a admiração e o respeito de milhões de pessoas que foram inspiradas, encorajadas e influenciadas por suas vidas. Em 'Você Pode Mudar o Mundo', você vai examinar a vida de 101 pessoas que influenciaram seu mundo e descobrirá as lições que elas ensinam para fazer diferença, tais como: - Dar um sentindo à vida perante a solidão; - Defender os princípios pessoais contra as tendências da maioria da sociedade; - Fazer pequenos sacrifícios diários para construir um grande caráter e um forte poder de influência; - Não desistir dos sonhos no meio das adversidades.



Versículo do Dia





“Dediquem-se uns aos outros uns aos outros com amor fraterno. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios.”
(Romanos 12:9)

sábado, 9 de maio de 2020

A quarentena me ensinou










A quarentena me ensinou que em todo tempo Deus fala conosco e nos chama pra Si. Fazia tempo que não silenciava minha mente para ouvir Sua voz. Resolvi compartilhar um pouco desses aprendizados com vocês, ressuscitando o Blog Gospelwomanbr. Procurei o significado da palavra gospel e encontrei a seguinte explicação: etimologicamente, gospel deriva de God-spell, uma palavra do inglês antigo considerada uma supressão das palavras "Go(d)", que significa Deus e "Spell" que indica o ato de anunciar algo. Deve haver outras definições para o termo e posso depois explorar com vocês a respeito. Mas, a despeito do desgaste que esse termo tem sofrido, sobretudo, no meio evangélico, manterei o título do Blog e farei apenas alguns ajustes de forma. Vou deixar o Blog um pouco mais enxuto, excluindo a receita da semana, a dica de filme e acrescentando uma dica de leitura, além do texto e do versículo do dia.    

A quarentena me ensinou a ver o mundo de uma forma totalmente diferente e sob uma nova perspectiva. Valendo-me do conhecimento de que toda forma de conhecer o mundo pressupõe alguma modalidade de memória, vasculhei em minhas lembranças alguma que me ajudasse. Nada me ocorreu. Não lembro de viver nada parecido com esse momento, anteriormente. Saber que o mundo sobreviveu a tantas pestes e pragas num passado distante alimenta a chama da esperança em meu coração, lembrando-me de que haverá um fim para essa pandemia. Todavia, quanto a leitura de um novo mundo que se descortina, ainda estou capengando por aqui, confesso.

A quarentena me ensinou que, se pelo lado da pandemia em si, haverá um fim, por outro lado, muitas das mudanças que o mundo tem experimentado, se perpetuarão. Sou uma pessoa que aprecia o novo. Ver surgir novas profissões, novas soluções, novas formas de se relacionar, novos começos, tudo isso me encanta! Em meio a um cenário monocromático sugerido pela imprensa e mídias sociais, consigo perceber uma nova paleta de cores surgindo e isso me empolga!


A quarentena me ensinou que a impressão de poder controlar o que se passa ao meu redor era uma mera impressão. Desde o simples controle de poder agendar o salão, até o controle de marcar a data e escolher o destino  da próxima viagem de férias em família. Achava que haveria sempre uma forma de prever as “cenas dos próximos capítulos” na minha vida. Mas, isso tem mudado bastante de uns dias pra cá. Deus tem me recordado que nada foge ao Seu controle e que somente Ele tem o controle dos fios que caem da minha cabeça. E como tem sido mais leve deixar com Ele esse controle! Precisou da pandemia…

A quarentena me ensinou a esperar e descansar nAquele que não dormita nem dorme. Meu sono anda um tanto conturbado após a menopausa e essa dificuldade de dormir me relembrou essa verdade consoladora de que Deus não dorme. Quantas vezes tentamos agir como se Deus saísse de cena para tirar um cochilo e sofremos sem necessidade, não é mesmo? É Ele que vigia, não precisamos temer nem duvidar.

A quarentena me ensinou a me ver. Ver minha finitude e reconhecer a grandeza do Deus que me criou. Ver que na minha fraqueza o poder de Deus se aperfeiçoa. Ver que sou alguém privilegiada e não parar de agradecer. Ver Sua imagem refletida em mim nas pequenas coisas e desejar mais. Eu era cega e agora vejo! 




(Texto de 24/04/2020)








Dica de Leitura










Título: Mulheres com Espadas

Autor: Lisa Bevere

Editora: Chara

Sinopse: Se alguma vez houve um tempo para as mulheres estarem armadas, esse tempo é agora. Ao redor do mundo, as mulheres são alvo de preconceitos, tráfico sexual, abuso e até “generocídio”. Lisa Bevere explica que um inimigo espiritual está tentando desarmar as mulheres em todos os níveis. É hora de nos tornarmos as heroínas que Deus nos criou para ser e permanecermos corajosas, perspicazes, perdoadoras e sábias.







Versículo do Dia











“Não terá medo da calamidade repentina nem da ruína que atinge os ímpios, pois o Senhor será a sua segurança.”

(Provérbios 3:25-26a)