quinta-feira, 10 de julho de 2014

Estresse e a Seleção do Brasil










Caras leitoras, alguns atletas jovens, sob muita pressão e cobranças constantes, podem se desestabilizar coletivamente e surpreender seus mais fervorosos fãs com atitudes inusitadas e desempenho inferior ao de costume.

A incapacidade de reagir aos acontecimentos pode ser um dos sintomas de que a saúde emocional e mental desses atletas está prejudicada e merece atenção e cuidados especiais.

Foi inspirada no resultado do último jogo do Brasil contra a seleção da Alemanha que resolvi compartilhar com vocês um artigo sobre estresse, de autoria do Dr. Vladimir Bernik, muito interessante.

Não quero justificar o placar dessa partida de forma simplista, pois sei que vários fatores contribuíram para o triste espetáculo que assistimos nessa terça-feira, mas, devo confessar que o estresse é um deles e deve ser considerado por todos: jogadores, equipe técnica e torcedores.

Nosso corpo é um “termômetro” de nossas emoções e precisamos saber interpretá-lo corretamente para vivermos com saúde.

Estresse: O Assassino Silencioso (Parte I)

Na segunda quinzena de julho, o mundo surpreendeu-se com a notícia de que a espaçonave russa, a estação espacial Mir (paz), ficara sem energia por uma ordem errada do comandante Vladimir Tsibliev. O médico, que cuida dos tripulantes, Igor Goncharov, explicou, com a maior naturalidade, que o engano fora resultante do estresse do comandante. Nunca a palavra estresse ganhou tamanha notoriedade em circunstâncias tão dramáticas.

E o que é estresse? Não há ainda uma definição para o mesmo nos compêndios de patologia médica. É o dicionário Aurélio que nos diz que o estresse (em bom português) é "o conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa, e outras capazes de perturbar a homeostase" (equilíbrio).

Hoje o termo estresse é amplamente usado na linguagem atual e nos meios de comunicação. Designa uma agressão, que leva ao desconforto, ou as conseqüência desta agressão. É uma resposta a uma demanda, de modo certo ou errado.

O estresse corresponde a uma relação entre o indivíduo e o meio. Trata-se, portanto, de uma agressão e reação, de uma interação entre a agressão e a resposta, como propôs o médico canadense Hans Selye, o criador da moderna conceituação de estresse. O estresse fisiológico é uma adaptação normal; quando a resposta é patológica, em indivíduo mal-adaptado, registra-se uma disfunção, que leva a distúrbios transitórios ou a doenças graves, mas, no mínimo agrava as já existentes e pode desencadear aquelas para as quais a pessoa é geneticamente predisposta. Aí torna-se um caso médico por excelência. Nestas circunstâncias desenvolve-se a famosa síndrome de adaptação, ou a luta-e-fuga (fight or flight), na expressão do próprio Selye.

Segundo a colocação dada ao estresse por este autor, num congresso realizado em Munique, em 1988, "o estresse é o resultado do homem criar uma civilização, que, ele, o próprio homem não mais consegue suportar". E, em se calculando que o seu aumento anual chega a 1%, e que hoje atinge cerca de 60% de executivos (veja uma pesquisa anexa), pode-se chamar de a "doença do século" ou, melhor dizendo, " "a doença do terceiro milênio". Trata-se de um sério problema social econômico, pois é uma preocupação de saúde pública, pois ceifa pessoas ainda jovens, em idade produtiva e geralmente ocupando cargos de responsabilidade, imobilizando e invalidando as forças produtivas da nação; e é mais importante ainda no Brasil que, por ser um país ainda jovem, exclui da atividade pessoas necessárias ao seu desenvolvimento. 

Não se sabe exatamente a incidência no Brasil.

Nos Estados Unidos gastam-se de 50 a 75 bilhões de dólares por ano em despesas diretas e indiretas: isto dá uma despesa e 750 dólares por ano por pessoa, que trabalha.

A vulnerabilidade hereditária, mais a preocupação com o futuro, num tempo de incertezas, de um o país que estabiliza a moeda, mas aumenta o número de desempregados, ao mesmo tempo em que a qualidade de vida piora, existem os medos do envelhecimento em más condições, e do empobrecimento, além de alimentação inadequada, pouco lazer, a falta de apoio familiar adequado e um consumismo exagerado. Todos são fatores pessoais, familiares, sociais, econômicos e profissionais, que originam a sensação de estresse e seu conseqüente desencadeamento de doenças, de uma simples azia à queda imunológica, que pode predispor infeções e até neoplasias.

O Que Provoca o Estresse ?

São os grandes problemas da nossa vida que, de modo agudo, ou crônico, nos lançam no estresse. Diversos pesquisadores notaram que a mudança é um dos mais efetivos agentes estressores. Assim, qualquer mudança em nossas vidas tem o potencial de causar estresse, tanto as boas quanto as más. O estresse ocorre, então, de forma variável, dependendo da intensidade do evento de mudança, que pode ir desde a morte do cônjuge, o índice máximo na escala de estresse, até pequenas infrações de trânsito ou mesmo a saída para as tão merecidas férias.

Certos eventos em nossas vidas são tão estressantes, que caracterizam a situação de trauma (lesão ou dano) psíquico. Recentemente as ciências mentais reconheceram uma nova síndrome, batizada de Distúrbio de Estresse Pós-traumático, uma verdadeira doença, pertencente ao estudo da angústia. Tornou-se bem sistematizada a partir da volta dos "viet-vets", ou veteranos da guerra do Vietnam. Esta doença ocorre com quadros agudos de angústia grave e até invalidante, quando a ex-vítima é exposta a situações similares, tornando a desencadear todos os sintomas ansiosos severos, que conheceram durante a violência a que estiveram submetidos: são os "flash-backs", que revivenciam as situações traumatizantes.

Isto não é aplicado apenas a veteranos de guerra; vejam-se os crescentes índices de violência urbana e as suas vítimas, que vivem quadros de desespero permanente, quando não atendidos adequadamente em serviço psiquiátrico de reconhecida competência na área. Bombas, acidentes automobilísticos ou aéreos, desabamentos, assaltos com extrema violência, sequestros prolongados, estupros, etc. são causas comuns do distúrbio de estresse pós-traumático. O tratamento costuma ser demorado, mas tende a um bom prognóstico.



Dica de Filme












Título: O Nome da Rosa

Direção: Jean-Jacques Annaud

Elenco: Sean Connery; Christian Slater; Valentina Vargas; F. Murray Abraham.

Sinopse: em 1327 William de Baskerville (Sean Connery), um monge franciscano, e Adso von Melk (Christian Slater), um noviço, chegam a um remoto mosteiro no norte da Itália. William de Baskerville pretende participar de um conclave para decidir se a Igreja deve doar parte de suas riquezas, mas a atenção é desviada por vários assassinatos que acontecem no mosteiro. William de Baskerville começa a investigar o caso, que se mostra bastante intrincando, além dos mais religiosos acreditarem que é obra do Demônio. William de Baskerville não partilha desta opinião, mas antes que ele conclua as investigações Bernardo Gui (F. Murray Abraham), o Grão-Inquisidor, chega no local e está pronto para torturar qualquer suspeito de heresia que tenha cometido assassinatos em nome do Diabo. Como não gosta de Baskerville, ele é inclinado a colocá-lo no topo da lista dos que são diabolicamente influenciados. Esta batalha, junto com uma guerra ideológica entre franciscanos e dominicanos, é travada enquanto o motivo dos assassinatos é lentamente solucionado.

Receita da Semana












Pão de Queijo Waffle
(Receita retirada do Blog Receitinhas da Tia Ju)

Ingredientes:

  • Duas xícaras de leite
  • Duzentos gramas de manteiga
  • Quinhentos gramas de polvilho doce
  • Uma colher (sopa) rasa de sal
  • Três ovos
  • Duzentos gramas de queijo ralado de sua preferência (Minas meia cura, parmesão)


Modo de Fazer:

Numa panela, misture o leite e a manteiga e leve ao fogo até ferver.

Enquanto isso, numa tigela grande, misture o polvilho e o sal.

Despeje o leite fervente sobre o polvilho, misturando com um garfo ou espátula até formar uma massa pastosa. Deixe amornar.

Acrescente os ovos, um a um, misturando muito bem para incorporar totalmente cada ovo antes da próxima adição. Pode fazer isso com uma colher de pau, batedeira em velocidade baixa ou com a mão mesmo.

Junte o queijo ralado e misture bem. Nesse ponto, a massa vai estar pegajosa e meio molenga. Se quiser enrolar bolinhas para assar no forno, deixe a massa na geladeira por uma ou duas horas para firmar.

Se for fazer na sanduicheira ou máquina de waffle, unte a máquina com um pouquinho de manteiga e deixe esquentar.

Coloque duas colheres (sopa) da massa na máquina, feche, e deixe assar até dourar (5 minutos).

Sirva ainda quentinho.

Versículo da Semana





 


"Antes de ser afligido andava errado, mas agora guardo a tua palavra."

(Salmos 119:67)