Caras leitoras, cresci em
uma família unida e muito festiva. A casa da minha mãe Alpina recebia o apelido
carinhoso de “Casa da Mesa Posta”. A qualquer hora do dia que você entrasse na
casa da minha mãe, a mesa estava posta.
Sentar com ela na mesa para um lanche
da tarde, uma refeição ou um café com bolo e rosca era sempre uma opção
convidativa.
A nossa casa vivia cheia.
Além dos parentes e hóspedes frequentes, muitos amigos, familiares e irmãos da
igreja frequentavam nossa casa e davam à minha mãe o prazer da companhia e de
uma boa prosa.
A nossa casa em Brasília
ficava na rua denominada W3 Sul - 708. Era uma localização central e também uma
passagem para vários destinos da cidade. Sendo assim, muitas pessoas ligadas a
nós costumavam fazer uma visitinha para minha mãe, quando passavam por lá.
Cresci vendo minha mãe
colocar a mesa com muito capricho. Ela amava objetos em prataria e estanho!
Ela não era uma cozinheira
de mão cheia, todavia, era extremamente caprichosa e tinha um bom gosto enorme
para montar a mesa e receber convidados. Os forros de linho eram engomados com
cuidado e a rotina de limpeza semanal da prataria dava muito trabalho para
nossas colaboradoras domésticas.
Quando havia uma ocasião especial,
ela arrumava a mesa sobre o tema da ocasião: na Páscoa, por exemplo, nossos
pratos e canecas tinha estamparia de coelhinhos; no Natal, nosso guardanapo de
linho chegava dentro de um envelope de tecido vermelho e renda; no nosso
aniversário, recebíamos um porta-guardanapos de prata com nosso nome gravado.
Sempre orávamos antes das refeições,
independentemente da presença ou não, de algum convidado de fora. Meu pai não
era evangélico, mas respeitava esse costume à mesa.
Enfim, tenho muitas
lembranças positivas ao redor da mesa redonda de Jacarandá da casa de minha mãe
e acredito que as boas experiências que tive na infância e adolescência no meu
lar, muito me ajudaram a valorizar tais momentos e repetir algumas dessas experiências
como mãe e esposa.
Pois bem, nessa última semana
de janeiro, lendo um livro intitulado “A Experiência da Mesa”, de autoria de
Devi Titus, tive a enorme satisfação de concordar com os aspectos salientados
pela autora sobre a importância de fazermos refeições em família e encararmos a
“mesa” como um local de bênção, onde temos a oportunidade de estar com O Pão da Presença – Jesus e desfrutarmos
momentos ricos de comunhão e crescimento pessoal.
A autora cita algumas pesquisas
realizadas por universidades norte-americanas em que se comprova o valor dessas
refeições em família. Ela apresenta também alguns significados bíblicos da “mesa”
no Velho e Novo Testamentos e nos estimula a adotarmos o hábito de sentarmos à
mesa periodicamente para refeições em família.
No próximo Post darei mais detalhes apresentados
nesse livro que tanto me inspirou.