sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Conhecendo a Dieta Kasher/Kosher











Caras leitoras, quero compartilhar com vocês os princípios básicos que regem a Dieta Kasher, seguida por milhares de judeus e não-judeus mundo à fora.

A primeira vez que ouvi falar dessa dieta, foi numa consulta que fiz a um cardiologista amigo nosso. Ele a mencionou como um tipo de alimentação que faz bem ao coração e à saúde. Naquela ocasião, não tive a curiosidade de ler sobre essa dieta.

O tempo passou e, devido ao meu recente interesse por temas relacionados ao bem estar, qualidade de vida e alimentação saudável, fui motivada a ler sobre essa dieta que, segundo seus seguidores, é muito mais que isso: é uma filosofia e um estilo de vida.

Lendo diversos textos sobre essa dieta, escolhi um breve resumo transcrito do site webJudaica.com.br para que vocês também possam conhecer melhor o tema e, quem sabe, tal qual alguns famosos, como Madonna, Leonardo DiCaprio, Steven Spielberg e Bono Vox (Banda U2), aderir à comida kosher/kasher.

Resumo

“Kasher significa correto, justo e bom. Aplicado à comida, refere-se à comida apropriada ao consumo, isto é, que preenche todos os requisitos da dieta judaica. É importante alertar-se ao fato de que a kashrut não é um estilo de culinária. Comida chinesa, francesa, italiana, indiana, árabe ou qualquer outra podem ser kasher desde que preparadas de acordo com as leis judaicas. A comida tradicional judaica, pode ou não, ser kasher, dependendo como foi preparada.

A Kashrut se desenvolve baseada em duas regras básicas. A primeira delas especifica o tipo de carne que pode ou não ser consumida. A proibição é muito clara no capitulo 11 do livro de Levítico: "Entre todos os animais da terra, os que podereis comer: aqueles que têm os cascos fendidos e que ruminam." Ou seja, incluem-se aí vaca, carneiro, bode e cervo. As aves permitidas são o frango, o peru, o ganso, o faisão e o pato.

Já em Deuterônimo, capítulo 14, podemos compreender que nenhum crustáceo é kasher: "Comereis de tudo que há nas águas: tudo que tem barbatanas e escamas comereis; e tudo o que não tem barbatanas e escamas não comereis; é impuro para vós."

A outra grande regra consiste em não misturar carne com leite e derivados, seja na preparação, armazenamento ou consumo. A origem bíblica desta norma é encontrada no livro de Êxodos, capítulo 19 que diz: "Não cozerás o cabrito no leite de sua mãe." Foi a partir desta regra que se classificou a comida kasher em três categorias: carne, leite e parve.

Carne Kasher: a carne kasher é singular em todos os aspectos, desde o tipo de animais que são permitidos até a maneira como são abatidos e preparados para o consumo. Os alimentos à base de carne são cozidos, manuseados e ingeridos separadamente dos alimentos à base de laticínios. Além disso, é exigido um período de espera de seis horas após comer todos os tipos de carnes e aves antes que qualquer laticínio possa ser ingerido. A categoria "carne" inclui a própria carne, as aves e os subprodutos, tais como ossos, sopas e molhos. Qualquer alimento feito de carne ou aves ou de produtos de carne e aves, é considerado como sendo carne (fleishig ou Bassarí). Até mesmo uma pequena quantidade de carne em um alimento torna-o Bassarí.

Existe um ritual para o abate dos animais. Baseado no fato de que o sangue não deve ser consumido porque simboliza a própria essência e característica do ser humano, os rabinos concluíram que um animal que é morto para virar alimento deve ter seu sangue totalmente drenado. Para evitar que a proibição de comer sangue seja violada, é preciso que o sangue da carne seja extraído por um destes dois métodos. Primeiro: "deixar de molho e salgar" (chamado de kasherizar). Segundo: assar sobre ou sob uma chama ou num forno elétrico ou assadeira elétrica. Assim, todo o sangue é extraído.

Leite: todos os alimentos que contém leite ou que são dele derivados, são considerados Chalavi ou Milchig. Isto inclui leite, manteiga, iogurte, quefir, coalhada e todos os queijos (variáveis segundo sua consistência) - duros, macios e cremosos. Mesmo uma pequena quantidade de laticínio em um alimento faz com que este alimento seja considerado Chalavi. Todos os derivados de leite requerem um certificado de Kashrut. Os alimentos de leite e de carne não devem ser preparados, servidos ou consumidos ao mesmo tempo. Utensílios separados são usados exclusivamente para laticínios. Recomenda-se um forno separado para assar ou tostar alimentos de leite.

Parve: as frutas, vegetais, cereais e todos os outros alimentos que constituem uma dieta kasher e que crescem na terra, são Parve e podem ser utilizados sem restrição. Os peixes também estão inclusos nessa categoria. "Podereis comer de tudo o que vive nas águas, seja nos mares ou nos rios, desde que tenha nadadeiras e escamas" (Vayicra' XI:9). Os ovos também podem ser utilizados tanto com carne como com leite. Entretanto, qualquer gema de ovo que contenha uma gota de sangue não pode ser usada.

Vinhos: o vinho e o suco de uva, mais do que qualquer outra bebida, representam a santidade do povo judeu. São usados para a santificação do Shabat e Festas Judaicas. Qualquer subproduto que contenha vinho ou suco de uva, como vinagre de vinho, bala, geléia ou refrigerante de uva, conhaque e outras bebidas que possam ser destiladas ou misturadas com vinho, só poderão ser ingeridos quando possuírem supervisão rabínica confiável. Vinho feito por um judeu, que após seu preparo tenha sido fervido, não apresenta mais problemas de kashrut. Um suco de uva ou vinho de passas cujas uvas ou passas foram cozidas antes de extrair o suco é considerado vinho cozido.

Produtos industrializados: seguem a mesma regra básica - é imprescindível terem uma supervisão rabínica. Todos os alimentos processados requerem supervisão rabínica confiável que ateste que podem ser consumidos em acordo com a lei judaica. Isto aplica-se a todo produto que passa por processo de fabricação: legumes congelados, bebidas, balas, biscoitos, etc.

Restaurantes e hotéis: todo restaurante, hotel, confeitaria, dentre outros estabelecimentos, para ser considerado kasher, necessita possuir uma supervisão rabínica em sua cozinha, o que inclui a presença de pessoas denominadas shomrei Shabat, observantes do Shabat, que irão acender o fogo, orientar e fiscalizar a confecção de todos os ingredientes e sua preparação, até o consumo final.

Kashrut e a saúde: a discussão em torno da validade racional das leis dietéticas também chegou ao âmbito da ciência médica. Algumas eminentes autoridades recomendam a kashrut por motivos higiênicos. Inúmeros técnicos sanitaristas consideram, hoje em dia, altamente meritória a exigência severa feita ao indivíduo responsável pelo abate de animais, por exemplo, para que examine a carcaça de todo animal que houver matado, a fim de verificar se há qualquer sinal de doença ou outra condição patológica nociva ao consumidor. Consideram também importante o fato de que a carne deve ser consumida até poucos dias após o abate, evitando-se assim, os prejuízos à saúde que podem advir da carne estragada.

Kashrut e higiêne: a lavagem das mãos seguida de oração é um item obrigatório antes de se preparar, cozinhar ou comer qualquer alimento kasher. Escolher bem as folhas de verduras, higienizar adequadamente as frutas e averiguar a existência de qualquer tipo de larva ou verme tem sido tema de cursos e orientações a respeito das leis da kashrut. Estas normas que há muitos anos são seguidas por sábios judeus, têm garantido com sucesso, a higiêne e qualidade dos alimentos judaicos.”

Link: http://www.webjudaica.com.br/religiao/textosDetalhe.jsp?textoID=2&temaID=2


Dica de Leitura











Título: A Dieta de Jesus

Autora: Heloísa Bernardes

Editora: Academia

Ano: 2009

Número de Páginas: 137

Receita da Semana








Gefiltefish (bolinho de peixe)
(Receita retirada do site do Hospital Israelita Albert Einstein)

Ingredientes:

  • Três cebolas
  • Dois kg de peixe (traíra e carpa). Reserve as cabeças e as espinhas
  • Dois litros de água
  • Duas gemas
  • Três ovos inteiros
  • Cinquenta gramas de amêndoas moídas
  • Uma colher de farinha de matzá, sal, pimenta e açúcar a gosto
  • Duas cebolas em rodelas
  • Duas cenouras
  • Raiz-forte a gosto


Modo de Fazer:

1. Doure uma cebola picada no óleo quente e moa junto com o peixe. Depois, adicione as gemas, os ovos, as amêndoas, a farinha de matzá, sal, pimenta e açúcar. Misture até obter uma massa homogênea e lisa. Reserve.

2. Numa panela grande, frite duas cebolas em rodelas sem deixar escurecer. A seguir, coloque os dois litros de água, as cabeças e as espinhas dos peixes, as cenouras cortadas, sal, pimenta e deixe ferver por vinte minutos, formando um caldo.

3. Faça bolinhos com a massa de peixe preparada anteriormente e cozinhe-os nesse caldo em fogo lento, por duas horas.


4. Retire os bolinhos cozidos, escorra o excesso do caldo e arrume os bolinhos numa travessa, enfeitando com as cenouras cortadas em rodelas. Sirva frio acompanhado da gelatina que se forma com a sobra do caldo e com raiz-forte.

Versículo da Semana










“Uma coisa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e inquirir no seu templo.”


(Salmos 27:4)