terça-feira, 15 de julho de 2014

Estresse e a Seleção do Brasil (Parte II)












Caras leitoras, no Post dessa semana, daremos continuidade ao artigo sobre Estresse, de autoria do Dr. Vladimir Bernik, inspirados nos últimos acontecimentos vivenciados na Copa do Mundo de 2014 com a nossa seleção.

Esse tema tem sido abordado de diferentes formas e acredito que seja a causa de muitos males dos nossos dias. Vale conhecer com profundidade esse fenômeno que tem feito tantas vítimas na nossa sociedade.

Estresse: O Assassino Silencioso (Parte II)

Quais São as Bases Funcionais do Estresse ?

Da Silva, um cirurgião americano do século passado, foi o primeiro a perceber que soldados feridos só caíam prostrados após alcançarem a meta: isto é, lutavam ainda sob o efeito da 'adrenalina'. 

O fisiologista Walter Cannon observou que as reações alerta/luta e fuga em animais desencadeavam um maciço aumento das catecolaminas urinárias (substâncias decorrentes do metabolismo da adrenalina).

O cientista que estudou pela primeira vez o estresse, Hans Selye descreveu uma resposta fisiológica generalizada ao estresse, caracterizada pela seguinte seqüência:

A percepção de um perigo eminente ou de um evento traumático é realizada pela parte do cérebro denominado córtex; e interpretada por uma enorme rede de neurônios que abrange grandes partes do encéfalo, envolvendo, inclusive, os circuitos da memória;

Determinada a relevância do estímulo, o córtex aciona um circuito cerebral subcortical, localizado na parte do cérebro denominada sistema límbico, através das estruturas que controlam as emoções e as funções dos sistemas viscerais (coração, vasos sanguíneos, pupilas, sistema gastrointestinal, etc.) através do chamado sistema nervoso autônomo.

Estas estruturas são a amígdala e o hipotálamo, principalmente. A ativação dessas vias vai causar alterações como dilatação pupilar, palidez, aceleração e aumento da força das batidas cardíacas e da respiração, ereção dos pelos, sudorese, paralisação do trânsito gastrointestinal, secreção da parte medular das glândulas adrenais (adrenalina e noradrenalina), dentre outras, as quais constituem os sinais e sintomas da ativação tipo luta-ou-fuga descrevidos por Cannon.

Ao mesmo tempo, o hipotálamo comanda uma ativação da glândula hipófise, situada na base do cérebro, com a qual tem estreitas relações. No estresse, o principal hormônio liberado pela hipófise é o ACTH (o chamado hormônio do estresse), que, carregado pelo sangue, vai até a parte cortical (camada externa) das glândulas adrenais (situadas sobre os dois rins), provocando um aumento da secreção de hormônios desse complexo. Estes hormônios têm amplas ações sobre praticamente todos os tecidos do corpo, alterando o seu metabolismo, a síntese de proteínas, a resistência imunológica, as inflamações e infecções provocadas por agressões externas, etc. O seu grau de ativação pode ser avaliado medindo-se a quantidade de cortisol no sangue.

Essa descarga dupla de agentes hormonais possui intensa ação orgânica: de um lado a adrenalina, pela medula da adrenal, e de outro, os corticóides, pela sua camada cortical, levaram os cientistas a caracterizarem essas glândulas como sendo o principal mediador do estresse.

Essas respostas são normais em qualquer situação de dano, perigo, doença, etc. Assim, dizemos que existe um certo nível de estresse que é normal e até importante para a defesa do organismo, ao qual denominamos de eustress. O perigo para o organismo passa a ocorrer quando a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal se torna crônico e repetido. Nesse momento, começam a surgir as alterações patológicas causadas pelo nivel constantemente elevado desses hormônios.

Assim, reconhece-se que o estresse tem três fases, que se sucedem quando os agentes estressores continuam de forma não interrompida em sua ação:

A fase aguda: esta é a fase em que os estímulos estressores começam a agir. Nosso cérebro e hormônios reagem rapidamente e nós podemos perceber os seus efeitos, mas somos geralmente incapazes de notar o trabalho silencioso do estresse crônico nesta fase.

A fase de resistência: se o estresse persiste, é nesta fase que começam a aparecer as primeiras conseqüências mentais, emocionais e físicas do estresse crônico. Perda de concentração mental, instabilidade emocional, depressão, palpitações cardíacas, suores frios, dores musculares ou dores de cabeça frequentes são sinais evidentes, mas muitas pessoas ainda não conseguem relacioná-los ao estresse. Essa síndrome pode prosseguir até a sua fase final e mais perigosa.

A fase de exaustão: esta é a fase em que o organismo capitula aos efeitos do estresse, levando à instalação de doenças físicas ou psíquicas.

Daremos mais detalhes dessas doenças e de outros males causados pelo estresse no próximo Post.

Dica de Leitura













Título: Outra Espiritualidade

Autor: Ed René Kivitz

Ano: 2006

Editora: Mundo Cristão

Número de Páginas: 256

Receita da Semana









Suco Verde
(Receita enviada por Dra. Monize Aydar)

Ingredientes:


  • Uma folha de couve-manteiga (orgânica)
  • Um ramo de salsinha
  • Meio pepino japonês sem casca
  • Uma fatia de gengibre
  • Meia maçã 


Modo de Fazer:

Bater no liquidificador com 150 ml de água mineral gelada e beber em seguida.

Versículo da Semana









"O Senhor te abençoe e te guarde."

(Números 6:24)