domingo, 6 de outubro de 2013

Sem Perdão não Existe Amanhã (Parte I)








Caras leitoras, tenho tido o privilégio nos últimos meses de ouvir pessoalmente o pastor e escritor Ed René Kivitz. Suas palavras são, metaforicamente falando, uma “refeição” consistente e extremamente prazerosa para nossas mentes e almas.

Eu ja conhecia algumas de suas idéias, lendo seus livros e assistindo alguns vídeos no You Tube. Porém, devo reconhecer que ouvi-lo toda semana, “olho no olho”, tem sido uma experiência única. Suas pregações dominicais têm me feito refletir bastante e me ajudado a contextualizar melhor as verdades bíblicas.

Nessas próximas semanas, vou postar um texto de autoria de Ed René que tomei a liberdade de dividir em duas partes para facilitar a assimilação e reflexão por parte das leitoras. Afinal, falar de perdão e praticar perdão, são duas coisas bem distintas e que, nesse texto, vemos com muita clareza esse e outros aspectos relacionados ao tema.

Reflexão - Perdão:

"Alguém já disse que a família é o lugar dos maiores amores e dos maiores ódios. 

Compreensível: quem mais tem capacidade de amar, mais tem capacidade de ferir. A mão que afaga é aquela de quem ninguém se protege, e quando agride, causa dores na alma, pois toca o ponto mais profundo de nossas estruturas afetivas. Isso vale não apenas para a família nuclear: pais e filhos, mas também para as relações de amizade e parceria conjugal, por exemplo.

Em mais de vinte anos de experiência pastoral observei que poucos sofrimentos se comparam às dores próprias de relacionamentos afetivos feridos pela maldade e crueldade consciente ou inconsciente. Os males causados pelas pessoas que amamos e acreditamos que também nos amam são quase insuperáveis. O sofrimento resultado das fatalidades são acolhidos como vindos de forças cegas, aleatórias e inevitáveis. Mas a traição do cônjuge, a opressão dos pais, a ingratidão dos filhos, a rixa entre irmãos, a incompreensão do amigo, nos chegam dos lugares menos esperados: justamente no ninho onde deveríamos estar protegidos se esconde a peçonha letal.

Poucas são minhas conclusões, mas enxerguei pelo menos três aspectos dessa infeliz realidade das dores do amar e ser amado. Primeiro, percebo que a consciência da mágoa e do ressentimento nos chega inesperada, de súbito, como que vindo pronta, completa, de algum lugar. Mas quando chega nos permite enxergar uma longa história de conflitos, mal entendidos, agressões veladas, palavras e comentários infelizes, atos e atitudes danosos, que foram minando a alegria da convivência, criando ambientes de estranhamento e tensões, e promovendo distâncias abissais.

Quando nos percebemos longe das pessoas que amamos é que nos damos conta dos passos necessários para que a trilha do ressentimento fosse percorrida: um passo de cada vez, muitos deles pequenos, que na ocasião foram considerados irrelevantes, mas somados explicam as feridas profundas dos corações.

Outro aspecto das dores do amar e ser amado está no paradoxo das razões de cada uma das partes. Acostumados a pensar em termos da lógica cartesiana: 1 + 1 = 2 e B vem depois de A e antes de C, nos esquecemos que a vida não se encaixa nos padrões de causa e efeito do mundo das ciências exatas. Pessoas não são máquinas, emoções e sentimentos não são números, relacionamentos não são engrenagens. É ingenuidade acreditar que as relações afetivas podem ser enquadradas na simplicidade dos conceitos certo e errado, verdade e mentira, preto e branco. A vida é zona cinzenta, pessoas podem estar certas e erradas ao mesmo tempo, cada uma com sua razão, e a verdade de um pode ser a mentira do outro. Os sábios ensinam que “todo ponto de vista é a vista de um ponto”, e considerando que cada pessoa tem seu ponto, as cores de cada vista serão sempre ou quase sempre diferentes. Isso me leva ao terceiro aspecto.

Justamente porque as feridas dos corações resultam de uma longa história, lida de maneiras diferentes pelas pessoas envolvidas, o exercício de passar a limpo cada passo da jornada me parece inadequado para a reconciliação. Voltar no tempo para identificar os momentos cruciais da caminhada, o que é importante para um e para outro, fazer a análise das razões de cada um, buscar acordo, pedir e outorgar perdão ponto por ponto não me parece ser a melhor estratégia para a reaproximação dos corações e cura das almas."





Dica de Filme









Título: As Sandálias do Pescador

Direção: Michael Anderson

Elenco: Anthony Quinn, Laurence Olivier, Oskar Werner, David Janssen, Vittorio De Sica, Leo McKern, John Gielgud, Barbara Jefford, Rosemary Dexter, Frank Finlay, Burt Kwouk.


Sinopse: todos os olhos fitam o Vaticano, ansiando pela tradicional fumaça branca que ratifica a eleição do próximo Papa. Desta vez, muito mais coisa está em jogo. O novo pontífice pode ser a única pessoa capaz de trazer paz ao mundo em tempos de uma ameaça nuclear. Adaptado a partir do bestseller de Morris L. West, o filme é, ao mesmo tempo, um conto atual sobre intriga geopolítica e sobre os bastidores do Vaticano. Anthony Quinn interpreta um político russo recém-liberto do cativeiro que é lançado em evidência como o Papa Kiril Lakota. Laurence Olivier, Oskar Werner, John Gielgud, David Janssen e Leo McKern (Melhor Ator Coadjuvante pelo National Board of Review) enriquecem esta deslumbrante produção indicada para dois Oscar e ganhadora do Globo de Ouro pela trilha sonora criada por Alex North.

Receita da Semana






Bolinhas de Queijo Fresco
(Receita retirada do livro Receitas Rápidas)

Ingredientes:
  • Duzentos gramas de queijo fresco (espesso)
  • Um tomate
  • Sal
  • Pimenta
  • Meia colher (de chá) de pimenta-doce
  • Meio ramo de manjericão fresco


Modo de Fazer:

Deite o queijo fresco numa tigela e mexa com um garfo. Faça uns cortes no tomate, regue com água quente, tire a pele, o pé e a semente. Corte o tomate em cubos pequenos.

Misture o queijo fresco amassado, o tomate e os temperos. Unte a mão e forme bolinhas pequenas com essa mistura, ou use o utensilio de fazer bolas com gelados.

Lave o manjericão fresco e pique as folhas.

Passe as bolinhas de queijo nessas folhas de manjericão picadas.


Sirva  frio, acompanhado de torradas.

Versículo da Semana









"Quem segue a justiça e a lealdade encontra vida, justiça e honra."

(Prov. 21:21)