sexta-feira, 13 de julho de 2012

Aprender a Ser Feliz (Parte V)









Como disse Shakespeare: “O pôr do sol e a música final, assim como o último pedaço de doce, ordenam mais a memória do que as coisas há muito passadas”. Pois bem, nossa série de estudos sobre o tema Aprender a Ser Feliz se encerra aqui, com uma breve reflexão sobre nossa memória e as previsões que fazemos do futuro.

Estudos comprovam que tentamos repetir as experiências das quais nos lembramos com prazer e orgulho, e tentamos evitar a repetição daquelas que nos trazem arrependimento e lembranças de situações constrangedoras. Afinal, a memória tem peculiaridades que a levam a representar o passado equivocadamente e, em função disso, imaginar o futuro da mesma forma.

A freqüência com que passamos por uma experiência não determina exclusivamente a facilidade com que vamos nos lembrar dessa experiência no futuro. Aliás, as experiências que não são freqüentes e, que não são comuns, estão entre as mais memoráveis. Um exemplo disso é a pessoa lembrar-se com facilidade em que lugar estava no dia 11 de setembro de 2001, contudo, ter dificuldade de lembrar o nome do restaurante onde jantou na noite anterior.

Portanto, preste bem atenção: o fato de que a experiência menos provável é sempre a lembrança mais provável pode arruinar nossa capacidade de prever experiências futuras.
Temos a tendência de nos lembrarmos dos melhores e dos piores momentos e esquecermos-nos dos momentos mais prováveis de acontecer. O fetiche que a memória tem pelo desfecho das situações explica, por exemplo,  por que as mulheres acham que sentiram menos dor ao dar a luz, e por que um casal cuja relação se tornou amarga acha que, desde o início, já não era feliz. O fato de sempre avaliarmos o prazer de uma experiência em função de seu final, pode nos levar a fazer escolhas curiosas.

Isso se deve ao fato de que nosso cérebro usa fatos e teorias para criar hipóteses sobre eventos passados e também usa fatos e teorias para criar hipóteses sobre sentimentos passados. E, quando a teoria está errada, acabamos nos confundindo em nossas lembranças. Você percebe isso quando superestima a felicidade que vai sentir no dia do seu aniversário, ou quando subestima como vai se sentir nas manhãs de segunda-feira. E o pior de tudo é que fazemos essas previsões mundanas e incorretas, incessantemente.

Enfim, podemos concluir que a memória que temos das emoções é extremamente influenciada por eventos incomuns, momentos finais e teorias sobre o deveríamos ter sentido lá atrás, coisas que comprometem seriamente nossa capacidade de aprender com nossa própria experiência. Logo, a prática, pelo que parece, nem sempre leva à perfeição. Afinal, nós somos nossas memórias!

Existe um consenso de que a capacidade que temos de nos projetar no tempo e experimentar as coisas antes que elas aconteçam nos permite aprender com nossos erros antes de cometê-los e avaliar nossas ações, antes de efetuá-las. Contudo, vimos nos estudos dessa série que nossa capacidade de simular nosso “eus” futuros e as circunstâncias que encontraremos lá na frente, está longe de ser perfeita. Quando imaginamos as circunstâncias futuras, usamos detalhes que não vão se realizar e deixamos de fora outros que irão se realizar. No caso dos sentimentos, ao pensarmos no futuro, encontramos uma série de dificuldades em esquecer como estamos nos sentindo agora e em reconhecer o que pensaremos das coisas que podem acontecer mais tarde.

Voltando ao nosso tema, devemos admitir que não existe uma fórmula simples para encontrar a felicidade, mas, se nosso grandioso cérebro não nos permite fincar o pé com tanta segurança no futuro, ele nos permite entender por que tropeçamos...



Nota: todos os estudos da série Aprender a Ser Feliz foram retirados do livro intitulado “O que nos Faz Felizes”de Daniel Gilbert.

Dica de Leitura












Título do Livro: 1001 Maneiras de Relaxar

Editora: Publifolha

Ano: 2009

Número de Páginas: 192 páginas

Receita da Semana






Bolo de Laranja de Microondas
(Receita enviada por Viviane S.)

Ingredientes:
Uma laranja inteira, com casca
Quatro ovos
Duas xícaras de chá de açúcar
Uma xícara de chá de óleo
Duas xícaras de chá de farinha de trigo
Uma colher de sopa de fermento em pó
Açúcar mascavo
Modo de Fazer:
Lavar a laranja e cortar em quatro partes, retirar as sementes e o meio branco
Colocar no liquidificador primeiro a laranja (com casca) e os ovos
Bater bem
Juntar o açúcar e o óleo
Bater novamente
Por último, a farinha e o fermento; bater
Untar e polvilhar com açúcar mascavo uma forma de anel grande
Despejar a massa
Levar ao microondas por 10 a 12 minutos na potência alta para assar
Obs.: pode - se assar também em forno convencional.

Versículo da Semana















“O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano.”



(Salmos 92:12)