sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Dia do Mestre








Caras leitoras, no dia 15 de outubro comemoramos o “Dia do Professor”.

Aqui no Brasil, muitas escolas aproveitam para comemorar essa data juntamente com o “Dia das Crianças” estendendo o feriado.  Essa semana de comemorações no mês de outubro, em que os alunos são dispensados das aulas, recebeu um nome peculiar por parte dos alunos: “Semana do Saco Cheio.”

Esse nome sugestivo nos remete a diversas especulações, não é mesmo?

Não sei quantas de vocês ouviram um áudio que circulou na internet recentemente, em que uma mãe ensina o filhinho a orar e, quando o instrui a pedir para Papai do Céu abençoar a escola e seus estudos, a criança rejeita veementemente tal oração e se recusa a repetir o que a mãe fala. Ao mesmo tempo que tal cena parece engraçada para quem ouve a gravação, no meu caso, ao ouvir pela primeira vez tal áudio, achei mais deprimente que engraçada essa situação.

Sendo professora, fico triste em notar que crianças em idade pré-escolar encontram-se extremamente desgostosas com a escola e tudo que a ela se relaciona. Esse áudio serviu apenas como ilustração do que muitos pais e educadores já perceberam há mais tempo.

O próprio apelido “Semana do Saco Cheio” soa como um alento para os alunos, poderem faltar às aulas por uma semana!

Me pergunto se algum dia a escola voltará a ser um lugar desejado pelas crianças desse país, independentemente da classe social, da localidade das escolas, da idade dos alunos ou da série cursada.

O desgosto com o ensino perpassa múltiplas etapas e modalidades de ensino, tornando a escola uma entidade completamente desacreditada nos dias de hoje.

Contudo, já dizia minha saudosa mãe: para toda regra, há exceção...

Se esse ditado nos serve de consolo, posso afirmar que ainda existem escolas cativantes, onde a criatividade, espontaneidade e curiosidade das crianças e jovens são diariamente alimentadas e estimuladas.

Existem escolas onde os educadores se esforçam para dar uma aula bem elaborada, contextualizada e motivadora para seus alunos.

Existem escolas onde os alunos podem brincar enquanto aprendem a se relacionar com seus pares, sem violência ou preconceito.

Existem escolas onde o professor mantém com seus alunos uma relação de constante troca, entendendo que todos temos algo a ensinar e, todos temos algo a aprender, sempre.

Talvez o que chamo aqui de “escola” sejam apenas algumas salas de aula. Não importa.

O que quero ressaltar é que ainda há esperança para as futuras gerações, no tocante a Educação. A união das “exceções” pode fazer a diferença no triste cenário que vemos e ouvimos.

Conclamo os inúmeros educadores desse país a continuarem acreditando no poder da 
Educação para a construção de um mundo melhor, ainda que, ampliando ou repaginando a escola e seu papel nos dias de hoje, pois, como já disse anteriormente, estamos sempre aprendendo. 

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