sexta-feira, 6 de julho de 2012

Aprender a Ser Feliz (Parte IV)












Caras leitoras, após essa breve pausa, gostaria de seguir compartilhando com vocês o nosso estudo sobre Aprender a Ser Feliz. A reflexão dessa semana apresenta um método simples que pode ser usado por qualquer pessoa para se fazer previsões precisas de como nos sentiremos no futuro.

Existem maneiras diferentes de prever os sentimentos futuros. Segundo os estudiosos, a maneira mais fácil é, contudo, a que ninguém quer usar. Isso se deve ao forte poder da nossa imaginação e de confiarmos nela prontamente. Por exemplo: imaginamos um dia mudar para outra cidade; imaginamos receber uma promoção no trabalho; imaginamos fazer aquela viagem dos sonhos; imaginamos conhecer um parceiro fenomenal; enfim, não conseguimos viajar no tempo, mas conseguimos viajar no espaço, através da imaginação, não é mesmo?

Nesse sentido, se prestarmos atenção ao nosso redor, não será difícil encontrar outras pessoas que estão vivendo algumas das situações que imaginamos. Com certeza você já soube de alguém que foi morar na mesma cidade que você imaginou; alguém que já ocupa o cargo similar ao da sua promoção; alguém que já viajou para os lugares onde você sonha conhecer; alguém que se casou com um cara fenomenal... Pois bem, uma forma de prevermos nossos futuros emocionais é encontrar alguém que esteja vivendo a experiência que imaginamos e perguntar a essa pessoa como ela se sente. Em vez de recorrermos às nossas experiências passadas ou apenas à nossa imaginação, para prevermos como nos sentiríamos emocionalmente no futuro, talvez seja possível sermos mais assertivos nessa previsão, ao observarmos outras pessoas e percebermos como elas se dão conta de suas vidas. Fácil, você não acha?

Mas, com certeza, algumas de vocês vão pensar: “prefiro basear minhas previsões numa imaginação falha a considerar histórias de pessoas cujas preferências, gostos e inclinações emocionais sejam totalmente diferentes dos meus”. Muita gente pensa dessa forma, contudo, segundo os estudos comprovam, a experiência de um único indivíduo, selecionado aleatoriamente, pode nos dar uma boa base de previsão para o futuro melhor que nossa própria imaginação.

Um fator que dificulta a aplicação desse método tão fácil de previsão do futuro é o fato de nos vermos como únicos e superiores, muitas vezes. Mesmo quando agimos exatamente como os outros, nossa tendência é dizer que tais atitudes têm uma razão ímpar. Mas, será que é assim mesmo? O que nos leva a pensar que somos tão especiais assim?

Os psicólogos, biólogos, economistas e sociólogos, profissionais que estão em busca de leis universais que expliquem o comportamento humano, privilegiam as similaridades, mas o restante das pessoas se importa, sobretudo, com as diferenças.  Nossa crença na variabilidade dos outros e na singularidade de nós mesmos é extremamente poderosa no que diz respeito às emoções e isso é a principal razão para recusarmos o uso da experiência dos outros em nossas previsões.

A ironia é que o método da substituição (se perceber na realidade que o outro já viveu) é um modo simples e barato de prever as emoções futuras, mas, como não percebemos que todos nós somos parecidos, rejeitamos usar esse método confiável e optamos por contar com nossa imaginação, não importando quão falível e imperfeita ela possa ser.

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